O aprofundamento das investigações relacionadas à operação andaime, tarefa que está sendo feita pelo MPF e, também pelo Ministério Público Estadual, através do GAECO, nos casos em que os recursos não são de origem federal, mostram que, na cidade de Cajazeiras, o esquema funcionou em outras licitações e não apenas nas que foram objeto das denúncias já recebidas pela justiça federal, referentes às obras de Construção das Unidades de Saúde do Bairro São Francisco (ASA), Catolé, Serragem e Patamuté, na obra da Academia de Saúde do bairro dos Remédios, na construção da quadra coberta da Escola Cecília Meireles e do centro de Referência Especializado de Assistência Social, onde foram explicitados superfaturamento, fraudes no processo de licitação –(empresas inabilitadas indevidamente e outras habilitadas sem a documentação exigida), apontando ainda falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
As investigações foram direcionadas para o empresário Jorge Messias, considerado o braço direito da prefeita Denise Oliveira, responsável, segundo o que já foi apurado, pelo controle do esquema relacionado à contratação de máquinas e, também, pelo serviço de tapa buracos na cidade de Cajazeiras, em um esquema que funcionava nos mesmos moldes do relacionado as obras, executadas por Marinho e Afrânio. No caso das horas/máquinas, empresas que ganharam a licitação direcionada, forneceram apenas as notas fiscais e receberam, ao invés de 4% do seu valor (no caso de obras), o percentual de 8% do valor da nota fiscal.
Um fato que está sendo investigado coloca a administração da prefeita Denise Oliveira no olho do furacão do esquema, já que parte do dinheiro de um dos convênios, cujo pagamento foi autorizado para ser sacado pela empresa Tec Nova, na boca do caixa, foi novamente creditado em outra conta da prefeitura de Cajazeiras, a conta n° – 31214-2 – Banco do Brasil e de lá desapareceu.
Blog Adjamilton Pereira