As
ações de combate ao Aedes aegypti promovidas pela Secretaria de Estado da Saúde
(SES), na última sexta-feira (8), ocorreram no município do Conde, com a
participação do Corpo de Bombeiros e dos Agentes de Combate a Endemias (ACE)
daquele município. Pela manhã e à tarde, foram realizadas visitas de casa em
casa para identificar e exterminar criadouros e focos do mosquito, que
transmite a dengue, chikungunya e zyka vírus. São 18 bombeiros e 21 ACEs
envolvidos na atividade, na Comunidade Neves II. A mesma atividade ocorreu em
Alhandra, nesta quinta-feira (08) e, desde segunda-feira (04), acontece, de
forma simultânea, em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux, com homens do
Exército brasileiro.
As
atividades fazem parte do Plano do Governo do Estado, lançado em dezembro de
2015, que prevê diversas atividades de combate ao vetor e também da meta
estipulada pelo Ministério da Saúde de visitar todas as casas até o dia 31 de
janeiro. “Esperamos que os moradores absorvam todas as informações recebidas
nesta ação e repassem para os familiares, vizinhos, colegas de trabalho, enfim,
a todos do seu convívio, e, desta forma, as barreiras de proteção contra o
mosquito serão fortalecidas”, disse o coordenador da Vigilância Ambiental, da
1ª Gerência Regional de Saúde, da SES, Daniel Oliveira.
“Esta
parceria com o Governo do Estado é muito boa porque vem ajudar os municípios
nesta luta constante de combate ao mosquito. A presença dos bombeiros é muito
importante porque causa impacto e, dessa forma, chama mais a atenção das
pessoas, pois cada um tem que perceber que a responsabilidade é de todos”,
comentou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Conde,
Guiomar Medeiros.
A
agente Natalice Máximo e o soldado Stone formaram a dupla que visitou a casa
onde mora Renata dos Santos, o marido e dois filhos, no Conde. Lá, encontraram
as garrafas de cabeça pra baixo no quintal, que também estava limpo e o lixo
bem acondicionado. “Mesmo com todos estes cuidados que tenho, peguei zyka. Só
acho que é porque nem todo mundo faz a sua parte e o mosquito continua por aí.
Eu vou continuar fazendo a minha obrigação e conversando com as outras pessoas
para fazerem o mesmo”, observou.
Na
casa vizinha a de Renata, mora Socorro Santos. No quintal dela, havia vários
depósitos com água. Ela explicou que, como no Conde há racionamento de água,
não pode ser jogada fora. O técnico da 1ª GRS, Antonio Medeiros, explicou pra
ela que, quando a água for retirada, antes de colocar a próxima, os depósitos
devem ser bem lavados, com bucha e sabão, para retirar toda a crosta que fica
nas bordas, eliminando os prováveis ovos que, em contato com a água, eclodem e
se transformam em mosquito.
A
vizinha dela, a funcionária pública, Rossana Kelly, contou que teve zyka, há
quatro meses. “É muito ruim. Doem os ossos e a cabeça, tive febre, fiquei cheia
de mancha pelo corpo e até meus olhos ficaram vermelhos. Nunca mais quero
passar por aquilo e faço de tudo para fazer minha parte nesta luta e envolver
minha família”, disse. O filho, Pedro Ryan, de nove anos, é um exemplo disso.
Quando a equipe chegou à casa da família, ele estava ajudando a mãe a cobrir um
tambor de água.
“Eu
sempre ajudo a minha mãe a lavar a caixa d’água e os tonéis; boto as garrafas
de cabeça pra baixo e sempre falo como os meus colegas para ajudarem também em
casa. Toda hora escuto falar neste mosquito, na escola, na TV e dentro de casa
e vi o sofrimento de minha mãe quando ficou doente. Por isso, acho que é muito
importante deixar tudo limpo”, falou.
Secom