Protesto do psicólogo e jornalista Guilhermo Fariñas já dura 130 dias. Segundo hospital, ele tem um coágulo na jugular e está sendo tratado.
MUNDO: 04/07/2010 - Cuba alertou neste sábado (3) que o dissidente Guillermo Fariñas, em
greve de fome há 130 dias, corre potencial risco de morte por causa de
um coágulo na jugular, mas que estão lutando para salvá-lo, segundo uma
incomum entrevista do médico estatal publicada no jornal Granma.
"Hoje o paciente corre um perigo potencial de morte porque depende
da evolução de um coágulo que tem alojado no confluente
júgulo-subclávio esquerdo, que está sendo tratado adequadamente",
informou Armando Caballero, chefe da Terapia Intensiva do Hospital
"Arnaldo Milián", de Santa Clara (centro).
O jornalista cubano Guillermo Fariñas iniciou greve de fome em fevereiro para exigir libertação de presos políticos (Foto: AFP)
Fariñas, psicólogo e jornalista dissidente de 48 anos, iniciou seu
protesto em 24 de fevereiro para exigir a libertação de 26 prisioneiros
políticos doentes, um dia depois da morte do preso opositor Orlando
Zapata após 85 dias de greve de fome.
Em 11 de março foi internado no hospital de Santa Clara (270 km a
leste de Havana) depois de um choque hipoglicêmico, e desde então
recebe alimentação parenteral e está sendo tratado de várias infecções.
'Chantagem'
O presidente Raúl Castro assegurou que não cederá à "chantagem das greves de fome", mas em 19 de maio passado iniciou um diálogo inédito com a Igreja católica sobre os presos, depois do que libertou o réu político mais doente e relocou outros 12 em prisões que ficassem mais perto de onde moram seus familiares.
Fonte: France Presse