A data da última sexta-feira
(01) foi um marco na história do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy
Carneiro de Patos (CHRDJC), que registrou a alta da primeira paciente grave que
se recuperou e superou as complicações do Covid-19, e também na vida da senhora
Maria do Carmo, 68 anos que, pertencente ao grupo de risco, com diabetes e
hipertensão, conseguiu driblar os prognósticos e se recuperar de um quadro
grave da doença e voltar para a casa curada. A alta da paciente foi assinada
pelo médico intensivista, Pedro Augusto, que é quem acompanha diariamente a
evolução dos pacientes na ala de isolamento da unidade, que é referência para
casos de coronavírus no sertão do estado.
Ela permaneceu sob os cuidados do
Complexo do dia 24 de abril até o último dia 1º de Maio.
Segundo Dr. Pedro, a
assistência inicial que a Sra. Maria do Carmo recebeu na UPA de Patos fez toda
a diferença na evolução do quadro da paciente. “A entubação precoce evita que o
paciente entre num quadro de decomposição pulmonar, propiciando um descanso ao
pulmão e aumentando as chances de recuperação da capacidade respiratória”,
explica o médico, lembrando que a conduta do colega da UPA, Dr. Juan Nathan, de
entubar a paciente logo quando os sinais se agravaram foi decisivo na evolução
positiva dela. Ele recorda que a paciente já chegou em ventilação mecânica no
Complexo e que foi mantida assim durante três dias, até o dia 27, quando
começou a redução da sedação e, posterior, retirada da ventilação mecânica.
Além da ventilação mecânica,
necessária para combater a chamada síndrome do desconforto respiratório agudo
(SDRA), a conduta de pacientes graves com Covid no Complexo segue os padrões de
orientação do Ministério da Saúde com a administração de antibióticos, corticoides
em baixas dosagens, anticoagulantes e Eparina. Segundo Dr. Pedro, o Complexo
não faz uso da hidroxicloroquina porque esse medicamento ainda não tem eficácia
cientifica comprovada em casos de Covid. “Não existem estudos clínicos robustos
que demonstrem benefícios da hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19 e,
além disso, devemos ressaltar que tal medicação não é isenta de risco. Pelo
contrário, arritmias cardíacas (potencialmente fatais), pancreatite, hepatite e
problemas na retina são alguns dos efeitos colaterais desta medicação”, destaca
o médico.
Para a Sra. Maria do Carmo,
que chegou na UPA consciente e orientada, no dia 23 de abril, apenas com
cansaço e alguns sinais da doença, e que foi transferida para o hospital sedada
e com ventilação mecânica poucas horas depois, a experiência vivenciada durante
os oito dias de internação no Complexo não será jamais esquecida. “Estamos
trabalhando com amor, com muita dedicação, com toda a proteção necessária,
dando o aporte que nossos pacientes precisam e seguindo todos os protocolos.
Esperamos que essa história de superação seja uma constante no nosso dia a dia
nesta batalha de cura de nossos pacientes”, finaliza a diretora geral do
Complexo, Liliane Sena.
Assessoria