terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Deputado Jeová Campos diz que oferta de Alckmin é presente de grego e que ele quer fazer média com o NE

Para o parlamentar, ele ajudaria muito mais se pedisse ao presidente Temer, seu aliado, celeridade na conclusão das obras da Transposição

Geraldo Alckmin está em campanha e querendo fazer média com o Nordeste. Um gesto que ele deveria fazer com mais firmeza e que, de fato, ajudaria, seria exigir do governo Temer, que ele é aliado de primeira grandeza, inclusive, um dos responsáveis pelo golpe que sofreu o país, celeridade na conclusão dos 10% que faltam para conclusão das obras da transposição. Isso sim ajudaria. Penso que emprestar as bombas que foram usadas no reservatório de Cantareira, em São Paulo, para reduzir o tempo de chegada das águas da transposição pode ajudar, mas, num outro momento, na atual conjuntura é um presente de grego”, disse hoje, terça-feira (27), o deputado estadual Jeová Campos (PSB), durante entrevista em um programa de TV local.

Segundo Jeová, é uma vergonha que a obra esteja parada, no Eixo Norte, em Terra Nova, Salgueiro (PE), há quase seis meses. “E por que Geraldo Alckmin não foi pedir celeridade ao presidente na escolha de outra empresa para substituir a Mendes Júnior que abandonou a obra desde julho. Que essa oferta das bombas sirva, pelo menos, para chamar a atenção do governo federal para a letargia do projeto. As bombas são bem-vindas, pois é necessário, pelo menos, 90 dias para as águas encherem os reservatórios e são 11, mas o que nos precisamos agora é da conclusão da obra”, argumenta o parlamentar, lembrando que a transposição vai chegar à Paraíba pelo Eixo Norte, em Cajazeiras, através de Engenheiro Ávidos, e pelo Eixo Leste, a partir de Monteiro.

Outro aspecto, de acordo com Jeová, que precisa ser analisado é a inércia das bancadas federais do Nordeste, especialmente, a paraibana. “Eles não enxergam um palmo à frente do nariz e nada ou quase nada estão fazendo para pressionar o governo, já que a maior parte é da base de sustentação de Temer. Por que não houve pressão política para ser celebrado um contrato emergencial para escolha da empresa para substituir a Mendes Júnior e somente em janeiro se escolherá nova empresa mesmo a Lei permitindo, neste caso, a contratação emergencial? Como não se opor a escolha de um Ministro da Integração do Pará e não do Nordeste? Por que o secretário nacional de infraestrutura hídrica não é um paraibano, um cearense, um pernambucano? Por que tem que ser gente de fora, que não conhece nossas terras e nossas dificuldades, que não enxerga além, das janelas dos gabinetes em Brasília? O povo não pode esperar mais porque o que se pede é algo crucial para a vida, ou seja, água”, finaliza Jeová.


Assessoria