Para o parlamentar, ele
ajudaria muito mais se pedisse ao presidente Temer, seu aliado, celeridade na
conclusão das obras da Transposição
“Geraldo Alckmin está em campanha e querendo fazer média com o Nordeste.
Um gesto que ele deveria fazer com mais firmeza e que, de fato, ajudaria, seria
exigir do governo Temer, que ele é aliado de primeira grandeza, inclusive, um
dos responsáveis pelo golpe que sofreu o país, celeridade na conclusão dos 10%
que faltam para conclusão das obras da transposição. Isso sim ajudaria. Penso
que emprestar as bombas que foram usadas no reservatório de Cantareira, em São
Paulo, para reduzir o tempo de chegada das águas da transposição pode ajudar,
mas, num outro momento, na atual conjuntura é um presente de grego”, disse
hoje, terça-feira (27), o deputado estadual Jeová Campos (PSB), durante
entrevista em um programa de TV local.
Segundo Jeová, é uma
vergonha que a obra esteja parada, no Eixo Norte, em Terra Nova, Salgueiro
(PE), há quase seis meses. “E por que Geraldo Alckmin não foi pedir celeridade
ao presidente na escolha de outra empresa para substituir a Mendes Júnior que
abandonou a obra desde julho. Que essa oferta das bombas sirva, pelo menos,
para chamar a atenção do governo federal para a letargia do projeto. As bombas
são bem-vindas, pois é necessário, pelo menos, 90 dias para as águas encherem
os reservatórios e são 11, mas o que nos precisamos agora é da conclusão da
obra”, argumenta o parlamentar, lembrando que a transposição vai chegar à
Paraíba pelo Eixo Norte, em Cajazeiras, através de Engenheiro Ávidos, e pelo Eixo
Leste, a partir de Monteiro.
Outro aspecto, de acordo
com Jeová, que precisa ser analisado é a inércia das bancadas federais do
Nordeste, especialmente, a paraibana. “Eles não enxergam um palmo à frente do
nariz e nada ou quase nada estão fazendo para pressionar o governo, já que a
maior parte é da base de sustentação de Temer. Por que não houve pressão
política para ser celebrado um contrato emergencial para escolha da empresa
para substituir a Mendes Júnior e somente em janeiro se escolherá nova empresa
mesmo a Lei permitindo, neste caso, a contratação emergencial? Como não se opor
a escolha de um Ministro da Integração do Pará e não do Nordeste? Por que o
secretário nacional de infraestrutura hídrica não é um paraibano, um cearense,
um pernambucano? Por que tem que ser gente de fora, que não conhece nossas
terras e nossas dificuldades, que não enxerga além, das janelas dos gabinetes
em Brasília? O povo não pode esperar mais porque o que se pede é algo crucial
para a vida, ou seja, água”, finaliza Jeová.