segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Prática das grandes cidades brasileiras chega ao Sertão paraibano; Universitárias se prostituem para pagar curso

CIDADES - Uma linda garota, morena e pernambucana de estatura mediana, 22 anos e muitos sonhos pela frente. Assim é a jovem que vamos chamar de “Sofia”. Universitária em uma faculdade de Patos, que decidiu se prostituir para pagar os estudos.

A difícil decisão foi tomada há seis meses. Ela realiza de dois a três programas por dia, e cobra entre R$ 100 a 250,00 por cada um. Por mês, ela recebe de R$ 5.000 a R$ 6.000. Segundo informou a mesma.

Ela, como outras estudantes da cidade, vende o corpo para pagar o curso universitário. Em geral as jovens decidem se prostituir quando a família enfrenta problemas econômicos.

Esse é o caso de outra jovem de nome fictício “Rebeca”. Ela veio do Rio Grande do Norte para estudar enfermagem em Patos. Quando os pais encontraram dificuldades financeiras, a prostituição foi uma saída.

Ela disse que contou aos pais que estava trabalhando em uma loja de confecções para justificar a ajuda financeira que passou a dar em casa.
“Coloquei um anúncio no Orkut e também meus amigos mais próximos passam o meu telefone para os clientes. Meus clientes em geral têm uns 40 anos ou mais, são casados, bem sucedidos e insatisfeitos com a parceira. Por mês, eu consigo receber de R$ 4.000 a 5.000”.

Uma delas confessou que já precisou realizar aborto clandestino por duas vezes. “É difícil dizer de quem eu engravidei. Nessa vida, arriscamos demais”, confessa ela, acrescentando que só tomou essa atitude para que seus pais não desconfiassem da sua condição, pois assim ela teria tempo para terminar os estudos.

Segundo uma delas, quase todas as jovens escondem a condição de prostituta tanto da família quanto de boa parte dos amigos. Elas relatam que não querem ter essa vida para sempre.

“Sofia” pertence a esse grupo. Ela quer terminar os estudos, comprar uma casa e investir em novos caminhos da vida. No entanto, diz que os pais não sabem o que ela faz em Patos para conseguir dinheiro.

“Pretendo abrir meu próprio negócio. Também quero casar e ter filhos, por que não?”. Diz a moça.


As duas negaram participar de alguma rede de prostituição na cidade e disseram que preferem realizar seus próprios contatos e negócios. “Conheço gente que estuda e faz programa com agenciadores, mas não vejo futuro nisso”, disse uma delas.

Da redação com Vicente Conserva