 Um em cada quatro senadores deixou de 
comparecer o equivalente a um  ano de mandato nas sessões de votação na atual legislatura. Levantamento   feito pelo site Congresso em Foco revela que 21 senadores estiveram  
ausentes a mais de 110 das 430 sessões deliberativas realizadas pelo  
Senado. Entre os parlamentares faltosos estão os paraibanos Cícero  
Lucena (PSDB) e Efraim Morais (DEM).
Um em cada quatro senadores deixou de 
comparecer o equivalente a um  ano de mandato nas sessões de votação na atual legislatura. Levantamento   feito pelo site Congresso em Foco revela que 21 senadores estiveram  
ausentes a mais de 110 das 430 sessões deliberativas realizadas pelo  
Senado. Entre os parlamentares faltosos estão os paraibanos Cícero  
Lucena (PSDB) e Efraim Morais (DEM).
Cícero aparece em 10° lugar na lista. Em
 327 sessões o tucano faltou a  135. Sendo que 32 dessas ausências não 
tiveram justificativa.
Já Efraim Morais é o 17 ° do ranking . 
De um total de 381 sessões,  ele se ausentou de 116, tendo 67 faltas sem
 justificativa.
O número de sessões dos senadores é 
diferente porque o Congresso em  Foco excluiu períodos em que os 
parlamentares se encontravam de licença.
Na atual legislatura, o Senado realizou 
em média 108 sessões  ordinárias por ano. Ou seja, entre fevereiro de 
2007 e dezembro de 2010,  eles não registraram presença em mais de um 
quarto das reuniões do  plenário. Juntos, os 21 senadores acumularam 
2.807 ausências. Foram  2.028 licenças para faltar e 779 ausências sem 
justificativa.
Composição da lista
A relação dos mais ausentes na 
legislatura é heterogênea. É  encabeçada por Magno Malta (PR-ES), 
presidente da CPI da Pedofilia, pelo  ex-presidente da República 
Fernando Collor (PTB-AL) e pela ex-candidata  à Presidência Marina Silva
 (PV-AC). Magno Malta teve 166 ausências;  Collor, 164, e Marina, 162. 
Entre eles, apenas Marina se valeu por  determinado período de licença 
para tratar de assuntos particulares,  modalidade pela qual o senador 
deixa de receber, sem implicar ônus para o  contribuinte.
Pelas regras da Casa, os senadores têm 
direito a justificar suas  faltas por meio de licenças, como prevê o 
regimento interno (artigos 13,  39 e 40). Basta o encaminhamento de um 
ofício. São três tipos: licença  por atividade parlamentar ou missão 
política; licença por motivos de  saúde, e licença para tratar de 
interesse particular. Dessas, apenas a  licença por interesse particular
 significa desconto na folha de  pagamento do senador (o chamado ônus 
remuneratório). Nas demais, mesmo  ausente, o parlamentar continua 
recebendo seus vencimentos.
A Constituição Federal determina que 
senadores, bem como deputados,  devem comparecer a, no mínimo, dois 
terços das sessões ordinárias. A  exceção são as licenças, que podem ser
 justificadas por motivo de saúde,  interesse particular ou missão 
política. Caso ultrapasse o limite  constitucional, o parlamentar 
faltoso pode enfrentar processo de perda  de mandato na Corregedoria do 
Senado.
 
