quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

2ª fase da “Operação Andaime” prende Mário Messias e Hélio Farias - Jorge Messias foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal

Equipes da força-tarefa cumprem dois mandados de prisão preventiva, duas conduções coercitivas e cinco mandados de busca e apreensão em Cajazeiras.

A Força-tarefa da Operação Andaime, constituída por Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Ministério Público da Paraíba (Gaeco), deflagrou nas primeiras horas desta quarta-feira, 16 de dezembro, a segunda fase da Operação Andaime, no alto sertão paraibano. Equipes da força-tarefa cumprem dois mandados de prisão preventiva, duas conduções coercitivas e cinco mandados de busca e apreensão na cidade de Cajazeiras (PB).

São alvo das prisões preventivas o empresário Mário Messias Filho, conhecido por "Marinho" e o construtor José Hélio Farias. O objetivo das prisões é garantir a ordem pública, a ordem econômica e a instrução processual penal, além de serem decorrentes de descumprimento das medidas cautelares anteriormente aplicadas. Mário Messias e Hélio Farias já haviam sido presos preventivamente na primeira fase da Operação Andaime, deflagrada em 26 de junho de 2015.

Os alvos das conduções coercitivas são a secretária Isabela Alves Soares e o motorista Jorge Murilo Lucena Messias. As medidas são consideradas imprescindíveis às investigações em curso desenvolvidas pela força tarefa.

Já os cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências de Mario Messias Filho, José Hélio Farias, Jorge Murilo Lucena Messias e nas empresas Limcol e Marinho Comércio e Representações, todas localizados em Cajazeiras.

Entenda o caso - Em 26 de junho de 2015, em ação conjunta do Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, foi deflagrada a Operação Andaime para desarticular quadrilha especializada em fraudar licitações em obras e serviços de engenharia executados por 16 prefeituras do Alto Sertão da Paraíba. Estima-se em R$ 18.337.000,00 o montante de verbas federais alcançadas pelos criminosos. Nos meses seguintes, o MPF ofereceu três denúncias que totalizaram até o momento 223 delitos praticados, atingindo os municípios de Joca Claudino, Bernardino Batista e Cajazeiras. Até o momento foram feitas 49 acusações contra 39 pessoas. Há acusados citados em mais de uma denúncia.

A operação foi conduzida pelo delegado da Polícia Federal Antônio Glautter de Azevedo Morais e, além da residência de Mário Messias Filho, cumpriram mandados no escritório da sua empresa e na residência do seu irmão Jorge Messias, considerado o segundo homem na hierarquia de confiança do ex-prefeito Carlos Antônio Araújo de Oliveira – a quem é atribuído ser o mentor intelectual de todo o esquema criminoso instalado em Cajazeiras desde sua primeira gestão.


Da redação

Com Ascom/PRP/PF