Acidente quer dizer acontecimento inesperado que, na maioria das vezes, envolve dano e sofrimento. Vascular refere-se a vasos e esse acidente se chama vascular cerebral porque acomete uma das artérias que irrigam o cérebro danificando a área por ela irrigada. Existem dois grandes grupos de acidentes vasculares cerebrais: os isquêmicos e os hemorrágicos. O cérebro é uma estrutura altamente vascularizada.
Inúmeras artérias se ramificam no interior do tecido cerebral para levar oxigênio e as substâncias nutrientes necessárias para seu o funcionamento adequado. Quando uma dessas artérias sofre oclusão, o território que deveria ser irrigado por ela entra em processo de anóxia, ou seja, de falta de oxigênio e muitas células, principalmente muitos neurônios, morrem. Esses eventos caracterizam o acidente vascular cerebral isquêmico.
Já o hemorrágico acontece quando uma artéria se rompe e o sangue que deixa escapar dá origem a um hematoma, ou coágulo, que provoca sofrimento no tecido cerebral. Como cada área do cérebro coordena determinada função do organismo, os sintomas provocados pelo AVC são muito variáveis. Vão desde alterações motoras evidentes - a pessoa perde o movimento do braço ou entorta a boca - até alterações cognitivas e da memória, da visão e da audição muito sutis que podem até passar despercebidas pelo paciente ou por quem está perto dele.
No entanto, os sintomas se instalam sempre abruptamente, podem regredir ou mesmo desaparecer depois de algum tempo. Qualquer que seja o caso, sejam intensos ou transitórios os sintomas, procurar atendimento médico-hospitalar imediato é fundamental para o resultado do tratamento.
Enviado por Dr. Eli Evaristo médico neurologista e trabalha no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e no Hospital Osvaldo Cruz.