Ministro descartou opção por lockdown e adiantou novos nomes na Saúde
“O compromisso número um do
nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem
o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população
brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar
esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.
A posição reforça o compromisso feito em rede nacional ontem (23), pelo presidente Jair Bolsonaro,
que afirmou que o governo fará de 2021 o “ano da vacinação dos brasileiros”.
“Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos
cumpri-la”, afirmou o presidente.
Sem
lockdown, mas com distanciamento
Quando perguntado sobre
medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown
como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de
distanciamento.
“Quem quer o lockdown?
Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas
sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A
vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo
distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”,
disse.
Medicamentos
off-label
Questionado sobre o endosso
do Ministério da Saúde a protocolos off-label - o uso de medicamentos e
substâncias para tratamentos que não constam em bula -, Queiroga reiterou a
importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o
conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta
doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não
mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o
conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai
para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que
precisamos atender paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia,
decidir caso a caso”, respondeu.
Queiroga afirmou que
Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar sua equipe e mencionou alguns
nomes. Para a Secretaria Executiva foi indicado o servidor de carreira Rodrigo
Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde foi escolhido o Dr.
Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de
São Paulo.
Uma secretaria especial será
criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado.
Durante a entrevista,
Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e
municipais de saúde sobre o sistema para registrar mortes por covid-19. Mas não
deu resposta sobre se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em
nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por
enquanto.
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na íntegra
Agência Brasil