O Whatsapp pode sofrer
novo bloqueio em 2016. O delegado Fabiano Barbeiro, que solicitou o bloqueio do
WhatsApp no Brasil no fim de 2015, diz que pode pedir novamente a suspensão do
serviço. Em entrevista à Rádio Câmara, ele alega que o motivo seria a falta de
cooperação do Whatsapp à numa investigação que envolve o grupo criminoso PCC,
Primeiro Comando da Capital.
A polícia vem solicitando
desde Julho do ano passado a quebra do sigilo do WhatsApp, para apreender
informações sobre o caso. Por causa do descumprimento, o Whatsapp já sofreu
noticiação e multa pelo descumprimento e em Dezembro passado teve o bloqueio do
serviço por 48h no Brasil determinado pelo Ministério Público.
De acordo com a Rádio
Câmara, um representante do WhatsApp disse que a falta de cooperação da empresa
se deve ao fato de que as mensagens trocadas pelo aplicativo são
criptografadas, e o WhatsApp não tem como fornecer as informações solicitadas
aos investigadores.
Mas o delegado Fabiano
Barbeiro acredita que a justificativa não é plausível. Isso não poderia ser
possível, pois uma prova de que o Whatsapp possui dispositivos de armazenamento
é que quando um usuário recebe uma mensagem
e não a abre, ela fica armazenada no sistema. Segundo Barbeiro, é
“completamente improvável. O que eu acredito, sim, é que existem razões
comerciais para que ela [o WhatsApp] mantenha essa resistência”. O delegado
disse também que os representantes da empresa no Brasil também poderão ser
responsabilizados criminalmente caso o WhatsApp não coopere.
O assunto foi debatido
ontem, em uma audiência pública realizada pela CPI dos Crimes Digitais.
Coincidentemente a mesma data em que Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook
na América Latina, foi preso. Embora Dzodan já tenha sido solto, o Facebook
também tem possibilidade de ser bloqueado se não cooperar.
A Apple também está
passando por uma situação parecida nos Estados Unidos, quando o Departamento de
Justiça ordenou que a empresa criasse uma maneira de burlar a segurança de seus
iPhones para auxiliar em uma investigação, e a empresa se negou a cooperar.
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