Por meio da certificação
LCFS, o programa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes
nocivos a saúde humana.
Segundo o presidente do
Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool), Edmundo
Barbosa, a Califórnia tem uma legislação mais rigorosa e dá preferência ao
etanol de cana que recebe um prêmio e é uma exigência para a redução das
emissões. “A GIASA enfrentou um longo processo de apresentação de evidências.
Agora, os procedimentos operacionais utilizados pela empresa serão referência
para as outras empresas no Brasil”, adiantou.
De acordo ainda com Barbosa,
a Califórnia é um dos estados americanos com a maior quantidade de veículos por
habitante. “Lá, o etanol de cana é obrigatório para reduzir as emissões”, lembrou.
A missão do CARB, um
conselho de governança, tem como objetivo promover e proteger a saúde pública,
o bem-estar e os recursos ecológicos por meio da redução efetiva e eficiente
dos poluentes do ar, reconhecendo e considerando os efeitos na economia do
estado.
O controle da poluição do ar com investimentos na redução do particulado, continua sendo um grande desafio para as grandes cidades. A professora do Departamento de Tecnologia Sucroalcooleira da UFPB, lembrou que em 1989, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), criou o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (Pronar), por meio da Resolução CONAMA 05/1989, e em 1990, foram estabelecidos os valores para os padrões de qualidade do ar através da Resolução CONAMA 03/1990, que deveriam ser seguidos por todos os Estados da Federação.
Ela disse também que no ano
de 2018, para atender as diretrizes da OMS foi instituída uma nova resolução, a
Resolução CONAMA 491/2018, alterando alguns limites dos padrões de qualidade do
ar e adicionando o material particulado MP2,5 como padrão de controle
obrigatório. “Pela nova resolução, é dever dos estados e municípios, o
monitoramento e planos de gestão para a qualidade do ar, além da elaboração
anual dos resultados do monitoramento para a população”, lembrou.
Márcia Pontieri aplaudiu a
certificação da GIASA na Califórnia e estados americanos que seguem os mesmos
padrões. Ela informou que o monitoramento da qualidade do ar no Brasil ainda é
escasso, onde poucos Estados realizam esse monitoramento. “As regiões Norte,
Centro-Oeste e Nordeste são as que apresentam menor quantidade de registros. No
Estado da Paraíba, não existem registros de monitoramento da qualidade do ar”,
disse a professora Márcia Pontieri.
A GIASA faz parte do Grupo
Olho D'Água que possui mais duas empresas sucroalcooleiras: a Usina Central
Olho D'Água e a COMVAP. Adquirida em 2019 pelo grupo, a GIASA moeu na última
safra, mais de 1.172.000 toneladas de cana.
Atualmente o Grupo Olho
D’Água tem uma moagem consolidada de mais de 4.100.000 toneladas de
cana-de-açúcar e emprega na safra e entressafra, 11.700 funcionários.
Assessoria