Esse importante tema foi
discutido na Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canais
196 e 696), no programa Sociedade Solidária. Na ocasião, o sociólogo e
apresentador Daniel Guimarães entrevistou Mônica Natale de Camargo, do Grupo de
Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp).
Mudança de cultura
Estimativas apontam que,
para cada criança na fila de adoção, há seis casais ou indivíduos pretendentes.
Mônica Natale esclarece: “Ainda temos aquela cultura do perfil. O que a maioria
dos pretendentes deseja? Eles geralmente querem aquelas crianças menores,
bebês, brancos ou da mesma etnia. E as crianças que estão disponíveis
geralmente são de grupos de irmãos e com idade avançada, e algumas com
necessidades especiais. Então, o que tem de se fazer? Mudar essa cultura em
torno da adoção no Brasil. O pretendente tem que entender qual é a realidade do
país, e começar a olhar com carinho para as crianças, mudar aquela concepção do
filho idealizado para o filho possível”.
Longe de nós o
preconceito
O alto sentido de humanidade
precisa habitar o coração das criaturas, não deixando espaço para preconceitos.
Mônica Natale aponta para o que pode ser feito: “Primeiro, uma divulgação maior
do que é a adoção, entender o que significa adotar, o que significa um filho na
sua vida. Isso é importante! A cultura da adoção tem que ser mudada, sim, com
programas de TV como este onde se discute, onde se fala dessas
necessidades”.
O assunto realmente merece
um olhar mais atento da parte de todos, seja das políticas públicas ou da
sociedade. É direito básico de toda criança ter uma família que a proteja, ame
e respeite.
Quem quiser se informar
melhor, além de encontrar informações sobre cursos e eventos, pode encontrar o
perfil do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo no Instagram: @Gaasp_Adocao ou
mandar um e-mail para gaasp@gaasp.org.br. Procure também conhecer a legislação
brasileira sobre o tema.
Tirem o vidro!
No dia 27 de maio,
completam-se 35 anos de dois grandes eventos da Legião da Boa Vontade na
capital federal. Na ocasião, além de inaugurar o primeiro anexo (sede
administrativa) do Conjunto Ecumênico, comandei a cerimônia de lançamento da
Pedra Fundamental do Templo da Boa Vontade.
Momentos antes do início do
cerimonial, um fato curioso proporcionou a todos importante lição. Eu me encontrava
no segundo andar do prédio administrativo da LBV com os meus filhos e, ao olhar
para o pátio, que estava superlotado, vi que o palco era baixo demais. E
decidi: Sabem de uma coisa? Vou falar aqui de cima da marquise de entrada. E
perguntei: Essa marquise aguenta o peso da gente? Ao que me responderam que
sim, ao mesmo tempo em que me perguntavam: “Mas como é que o senhor vai passar
para lá? Tem um vidro na frente!” Ora, se o vidro atrapalha, tirem o vidro,
disse-lhes. O vidro foi retirado e pude, então, fazer o discurso lá de cima
mesmo.
Naquele momento, destaquei,
lembrando-me de Moisés e de Alziro Zarur (1914-1979), que o Templo do
Ecumenismo Divino, o Templo da Paz, surgia para que houvesse a interiorização
de bons e elevados valores. Porque não se pode exteriorizar coisa alguma de útil
se a criatura não tem nada para oferecer. É a questão do conteúdo espiritual
que precisamos nutrir para que ele frutifique em nosso íntimo, de maneira que
possamos externar a todos à nossa volta.
Ante aos embates que surjam
em sua vida, jamais desista do Bem! Confie em Jesus e… tire o vidro!
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.