Ministro disse que programa
deve ser lançado "em breve"
“Estamos lançando um olhar
justamente para evitar o que, no mercado de trabalho, se chama de Efeito
Cicatriz”, disse o ministro, se referindo ao termo usado por especialistas para
explicar os prejuízos à evolução profissional que costumam afetar quem ingressa
de forma precária no primeiro emprego.
De acordo com o ministro, a
proposta do Ministério da Economia é, por meio da parceria com empresas
interessadas, pagar R$ 600 aos beneficiários do programa. Metade do valor será
pago pelo governo, metade pelos empregadores, que também teriam que oferecer
meios de capacitar esta mão de obra.
“A ideia básica é que o
governo pague R$ 300 e as empresas mais R$ 300. Ou seja, as empresas pagarão
para treinar [os jovens], que serão qualificadas para desempenhar o que,
depois, serão seus empregos”, comentou Guedes, explicando que a iniciativa só
não foi lançada ainda por questões orçamentárias.
“Temos os recursos para este
ano, mas queremos que seja um contrato de [trabalho de] pelo menos um ano.
Então, em vez de lançar um contrato de seis meses [só até o fim deste ano],
estamos tentando obter fontes [de recursos financeiros] para que o jovem fique
coberto por este programa de treinamento no trabalho por pelo menos um ano”,
disse Guedes, assegurando que o ministério já vem conversando sobre a
iniciativa com algumas “importantes empresas”.
Essas medidas já vêm sendo
anunciadas pela equipe econômica há alguns meses, embora sem detalhamentos. Já
no começo de maio, Guedes disse que o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o
Bônus de Incentivo à Qualificação da Mão de Obra (BIQ) protegerão os chamados
“cidadãos invisíveis”, que não estão cobertos nem pelo programa Bolsa Família,
nem pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC). Discurso que ele repetiu
hoje, ao anunciar os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) relativos ao mês de abril.
“Protegemos os 'invisíveis'
com o auxílio emergencial. Agora, com nossas políticas de emprego, precisamos
cuidar dos milhões de brasileiros que não conseguiram [ingressar] no mercado
formal de trabalho”, acrescentou o ministro.
Agência Brasil