Coube ao Monsenhor Gervásio
Queiroga, ex-aluno e professor fundador, resgatar a história do curso. Em sua
fala, ele se lembrou de pessoas que foram muito importantes na fundação e
consolidação do curso, a exemplo dos professores Joaquim Alencar, Sabino
Ramalho e Doca Benevides Gadelha, destacou funcionários e alunos, nominando
alguns, a exemplo do deputado Jeová Campos que, segundo ele, era um aluno
exemplar, não apenas pela atenção com os professores e nas aulas, mas,
sobretudo, pelas questões jurídicas e filosóficas que ele levantava. O
professor aposentado lembrou de fatos pitorescos, como o de uma aluna que
proibida de ‘filar’ na prova puxou um revólver para intimidá-lo e de outras
situações que lhe deram alegria ao longo dos 21 anos em que ele passou pelo
Centro, espaço pelo qual tem enorme gratidão e admiração.
O vice-presidente da OAB-PB,
João de Deus Quirino Filho, que é ex-aluno e professor do Campus, falou de sua
satisfação em ter se formado em Sousa e destacou a excelência da formação
profissional que o Campus de Sousa
sempre ofertou aos seus alunos, sempre se destacando no ensino do Direito, em
suas variadas áreas. A desembargadora pelo estado do Maranhão e ex-aluna do
curso, Francisca Galiza, inclusive a primeira profissional oriunda do Campus de
Sousa a ingressar na magistratura neste cargo, falou de sua alegria em
participar da sessão e das gratas lembranças que ela tem da época em que
estudou em Sousa, destacando como fundamental para ela a formação acadêmica
recebida naquela instituição.
Radames Estrela, presidente
da Câmara Municipal de Sousa, enalteceu os diferenciais do curso de Direito do
CCJS e sugeriu, inclusive, que todos lutassem pela implantação de um curso
similar na cidade de Cajazeiras. O juiz, Edvan Rodrigues enalteceu a
importância da sessão e falou de sua felicidade em poder participar da sessão e
de rever ex-alunos e professores que contribuíram para o engrandecimento do
curso e de sua própria formação. Ele lembrou ainda que o curso é de
bacharelado, mas estimulou muitos alunos a seguirem à docência e destacou a
necessidade da expansão de novos cursos para o Campus de Sousa.
O advogado Johnson Abrantes fez uma referência especial ao decano Pe. Gervásio, lembrou nomes de vários professores e lembrou que foi o terceiro diretor da Faculdade de Direito, permanecendo no cargo por dois anos, quando o curso ainda era coordenado pela Fundação Padre Ibiapina, lembrando que a primeira biblioteca da Faculdade foi em sua gestão, assim como a compra de um terreno para construção do prédio futuro onde funcionaria o curso, mas destacou que a busca do reconhecimento do curso pelo MEC foi a sua principal bandeira de luta enquanto diretor, o que aconteceu em 1977.
O professor Idemario Tavares
também falou na sessão e enalteceu a importância do curso e parabenizou a ALPB
pela iniciativa de comemorar esse meio século de atividades do curso. O
professor Joaquim Alencar, ex-aluno fundador do curso, lembrou da idealização dos cursos para o sertão paraibano, especialmente, para as
cidades de Cajazeiras, Patos e destacando o de Direito, em Sousa, enaltecendo
os professores Gervásio Queiroga e Jonas Gadelha como grandes nomes da docência,
com os quais teve um aprendizado memorável e a direção de Inaldo Leitão, quando
segundo ele, houve grandes avanços. O professor dividiu os cinquenta anos do
curso em quatro fases, sendo a penúltima delas quando a Faculdade foi
incorporada a UFCG e, por fim, a última e atual que é a solicitação da
implantação de novos cursos no Campus.
A ex-aluna e cientista
social, Maria Luiza Alencar falou da emoção de ter estudado em Sousa, lembrou
que está escrevendo um livro sobre o seu despertar para as ciências jurídicas
iniciada no curso de Direito, nos anos 80, e que se emocionou muito ao recordar
e homenagear a Faculdade onde se formou, enaltecendo a qualificação do corpo
docente do curso, com a destacada reforma curricular que incluiu disciplinas de
ciências sociais e humanas. Por fim, ela sugeriu a criação de um programa de
mestrado para o Campus. O deputado Lindolfo Pires também se pronunciou
parabenizando os 50 anos do curso de Direito, lembrando que agora é hora de
pensar nos desafios dos próximos 50 anos.
A ex-aluna e Defensora
Pública, Madalena Abrantes falou de sua emoção ao rever a história da Faculdade
e da importância da disponibilidade de um curso tão bom no interior da Paraíba,
desejando que os próximos 50 anos sejam ainda mais profícuos. O reitor Thompson
Mariz foi o penúltimo a falar durante a sessão, parabenizou a ALPB por
reverenciar essa grande história do curso de Direito do Campus de Sousa.
Lembrou do Pe. Martins Salgado, recentemente falecido, e falou de sua visão
como reitor, destacando a competência do diretor Joaquim Alencar. O reitor da
UFCG, Antônio Fernandes foi o último participante a falar e destacou que o
curso de Direito, desde o seu início, é sinônimo de excelência e que haverá
novos horizontes para o curso que sempre teve uma postura visionária desde a
sua fundação, lembrando que o brilhantismo do curso se deve a união de todos os
profissionais que se envolveram e se envolvem para que os obstáculos sejam
superados e novos horizontes sejam alcançados.
"Eu estou muito feliz e
emocionado com a realização desta sessão pela profundidade, conteúdo e
importância dos depoimentos e serei eternamente grato por todas as experiências
vivenciadas durante minha formação de Direito no Campus de Sousa e,
posteriormente, como professor da disciplina de ‘Introdução ao estudo do Direito’
não apenas pelos ensinamentos profissionais, mas, sobretudo pela formação de
cidadania e espírito público pelo compartilhamento do saber”, disse o deputado
estadual Jeová Campos agradecendo a participação de todos que participaram da
sessão, lembrando que o Pe. Gervásio receberá a medalha Pe. Rolim, ainda este
ano, em solenidade a ser marcada oportunamente.
Jeová sugeriu ainda que cada
um dos que participou da sessão especial fizesse um relato pessoal de sua
relação e experiências com o Curso para que esse material seja copilado numa
publicação para resgatar a memória da instituição e servir de registro para as
novas e futuras gerações. O deputado Júnior Araújo sugeriu que quando passar a
pandemia seja feita uma sessão presencial com todos que tenham ligação com o
curso.
Assessoria