Veterinários do Centro de
Zoonoses do Município de Itaporanga realizaram, na última sexta-feira (7), uma
testagem rápida para diagnóstico do calazar nos animais beneficiados pelo
Projeto Alimentando os Pets, implementado no Fórum João Espínola Neto pelo juiz
Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto. Dois cães foram diagnosticados com a
doença e estão em observação no Centro de Zoonoses, aguardando o resultado
definitivo.
De acordo com o juiz Antônio
Eugênio, a testagem contou, também, com a ajuda de bombeiros e dos vigilantes
do Fórum. “A aplicação dos testes foi bastante difícil e, por isso, precisamos
de toda a ajuda possível. Infelizmente, dois cachorros foram detectados com o
calazar e levados ao Centro de Zoonoses pelos bombeiros. Eles estão em
observação. Os animais do projeto também serão vacinados posteriormente”,
afirmou.
Os veterinários Radmacyo
Gomes e Luana Figueiredo são os integrantes da equipe do Centro de Zoonoses que
dão suporte ao projeto. De acordo com Radmacyo Gomes, foi coletado sangue nos
dois animais e, em seguida, o material foi encaminhado ao Lacen para análise.
“Estamos aguardando o diagnóstico definitivo do calazar. Caso seja positivo, os
animais serão sacrificados, conforme protocolo. A doença não tem cura clínica e
o tratamento, embora existente, é ainda mais difícil no caso de animais de rua,
que podem transmitir para outros animais”, explicou.
Para o veterinário, o
projeto implantado na unidade judiciária é importante, já que a cidade conta
com grande quantidade de cães e gatos que vivem nas ruas. “O Centro de Zoonoses
não tem condições de abrigar todos estes animais e, além disso, é um local específico
para tratar bichos doentes. Ou seja, não temos como recolher os saudáveis. Eles
precisam de alimentação e atenção e é isto o que o projeto propõe”, afirmou,
acrescentando que, por ser no entorno do Fórum, que dispõe de câmara de
segurança, os moradores ficam inibidos e deixam de abandonar animais para serem
atendidos pelo projeto.
“O mais preocupante no caso
dos animais de rua é o calazar, porque pode passar a doença para o ser humano.
No mais, nós fazemos o suporte técnico, com a avaliação nutricional e
diagnóstico de verminoses e carrapato. Caso adoeçam por outro motivo, damos
suporte com medicação. Nosso acompanhamento se dá dessa maneira”, salientou o
veterinário Radmacyo Gomes.
Por Celina Modesto /
Gecom-TJPB