O deputado lembra que a PEC
adequa o regime estadual à reforma previdenciária aprovada no ano passado pelo
Congresso Nacional que, inevitavelmente,
penaliza os servidores. “Infelizmente, os servidores municipais,
estaduais e da União estão sendo chamados a pagar uma conta que os banqueiros
não vão pagar, que os sonegadores não vão pagar, os mais ricos do país também
não vão pagar. O Plano Nacional, chancelado pelo Paulo Guedes, jogou no colo
dos servidores essa conta e agora estados e municípios não terão outra saída e
serão obrigados a fazer isso”, reitera Jeová.
O deputado lembrou que, numa primeira votação, foi um dos parlamentares que solicitou mais tempo para debater essa Reforma, mas, que ela necessariamente terá que ser feita. “Não tem como a Constituição do Estado da Paraíba não se adequar a Constituição Federal. A Paraíba não vai ser agora um estado independente e autônomo em relação a República Federal. Eu fui contra a reforma porque sempre defendi que era preciso construir novas fontes de receita para a Previdência, tributando as grandes fortunas, combatendo a sonegação. De fato, a Previdência precisa ter novas fontes de receita. O estado da PB só tem a contribuição do estado ou dos próprios servidores. Não há como estabelecer aqui uma fonte de receita nova para a previdência baseada nas grandes fortunas, pois não temos competência legislativa para isso”, explicou o parlamentar, lembrando que Cajazeiras, Patos outros municípios e estados terão, inevitavelmente, que fazer a reforma.
Jeová criticou a
incoerência, sem nominar, que muitos deputados estaduais que defenderam a
reforma previdenciária do governo Bolsonaro, votaram contra a PEC 20/2019.
“Esse discurso demagógico que tirou do Governo Federal a obrigação de resolver
esse problema do déficit na Previdência e repassou para estados e municípios é
uma incoerência”, disse ele, lembrando que se nada for feito hoje, o déficit
atual da PBprev vai requerer do Governo Estadual, daqui há dez anos, um ano
inteiro de receita apenas para tampar o rombo da previdência que, atualmente, é
cerca de R$ 1 bilhão. A PEC que define regras de transição, aumenta o tempo de
contribuição, de serviço e idade mínima para aposentadoria de mulheres (55 para
62 anos de idade) e homens (60 para 65 anos), além de propor a criação de uma
contribuição extraordinária dos servidores públicos ativos, dos aposentados e
dos pensionistas, caso seja apresentado déficit na previdência, foi aprovada
por 24 votos a favor e 12 contra a Reforma.
Assessoria