NOTÍCIAS: 09/04/2010 - As pulseiras coloridas, também conhecidas como “pulseiras do sexo”,
viraram febre entre os adolescentes da Paraíba, mas os seus dias podem
estar contados. De acordo com a Curadoria dos Direitos da Infância e
Juventude, a medida para acabar com o uso dos enfeites dentro das
escolas tem o objetivo de diminuir a preocupação de pais e gestores
escolares com a integridade dos seus filhos e alunos. A medida
preventiva foi tomada ontem pela Promotoria da Infância e Juventude,
juntamente com a Promotoria da Educação.
Cada cor desse acessório tem o seu significado, e eles refletem no
comportamento sexual que o adolescente deve ter quando as pulseiras
forem cortadas. Segundo a promotora da Infância e Juventude, Soraya
Escorel, trata-se de um jogo que surgiu na Inglaterra, e que as
variações de carinho mediante a quebra do acessório variam de beijos até
o ato sexual propriamente dito. “No jogo, a ação indicada na pulseira
tem que ser cumprida a partir do momento que ela é arrebentada por outra
pessoa. Isso representa um risco para a criança e o adolescente que
esteja usando, principalmente, porque já houve casos concretos de
estupros pelo uso da pulseira”, fala a promotora.
O enfeite virou alvo de polêmica depois de uma sequência de casos verificados com adolescentes no país. No Paraná, uma garota foi estuprada por três homens, e, durante a Semana Santa, duas garotas que usavam as pulseiras foram encontradas mortas. Dois estados já proibiram o uso do acessório, e na Paraíba, muitos comerciantes deixaram de vender o produto, que é de baixo custo, por conta dos problemas que tem gerado.
O enfeite virou alvo de polêmica depois de uma sequência de casos verificados com adolescentes no país. No Paraná, uma garota foi estuprada por três homens, e, durante a Semana Santa, duas garotas que usavam as pulseiras foram encontradas mortas. Dois estados já proibiram o uso do acessório, e na Paraíba, muitos comerciantes deixaram de vender o produto, que é de baixo custo, por conta dos problemas que tem gerado.
O que os adolescentes acham?
“Não adianta proibir, porque vão acabar inventando outra coisa para
substituir as pulseiras quando elas não puderem servir mais para isso”,
fala Francisco Lima, 16. Para o garoto, a medida tomada pelas
Promotorias não irão acabar com o problema, pois considera que só usa o
acessório quem quer usar e garante que os seus significados são do
conhecimento de boa maioria de quem as utiliza. O adolescente diz não
usar as “pulseiras do sexo”, mas no seu braço carrega uma outra febre:
as pulseiras em espiral.
As amigas Aline Silva e Aline Oliveira, ambas de 14 anos, usam os
espirais como enfeite e para prender os cabelos, mas dentro de casa, a
repercussão da moda que aderiram nem sempre é bem recebida pelos pais.
“Minha mãe não deixa que eu use, manda que eu tire, fala que é errado,
mas não estou fazendo nada de errado. Uso como prendedor de cabelo, mas
já que ela não permite, não uso em casa para ela não brigar”, comenta
uma das garotas. Já a outra amiga não se importa de encher os braços com
as pulseirinhas coloridas, e afirma usar sempre e que seus pais sabem
que ela usa e não proíbem.
Segundo a promotora, essas pulseiras também devem ser evitadas, pelo
fato de serem coloridas e já estarem sendo interpretadas com o mesmo
significado da outra. A orientação, é que haja diálogo entre pais e
filhos e dentro das escolas para que os adolescentes deixem de usar as
pulseirinhas, qualquer que seja o ambiente. “Os filhos devem ser
conscientizados a não usarem em lugar algum, pois na rua, eles também
estão sujeitos a perigo”, alerta a promotora.
Por Rebeca Ricarte
Por Rebeca Ricarte