quinta-feira, 22 de abril de 2010

R$ 216 mil foi paga à Consult, mas para pesquisa administrativa e Cássio classifica como a mais cara do mundo: “É superfaturada"


Cássio:

NOTÍCIAS: 22/04/2010 - Criminoso. Foi assim que o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) classificou o pagamento de R$ 216 mil, divididos em dois empenhos, para contratação de instituto de pesquisa bancado pelo governo do Estado para realização de pesquisa no final de janeiro deste ano.
 
Para Cássio, que tratou a pesquisa como “a mais cara do mundo”, trata-se de superfaturamento claro com necessidade de apuração por parte do Tribunal de Contas do Estado. “Institutos de renome nacional não trabalha com um preço deste. Basta o TCE pedir um orçamento ao Ibope, à DataFolha e outros institutos nacionais para verificar que houve superfaturamento”, completou.
 
Os valores aos quais se refere o ex-governador foram veiculados na manhã desta quinta com exclusividade pelo blog. São dois empenhos, ambos liberados em março de 2010. O primeiro revela pagamento de R$ 136 mil para fazer face à contratação de instituto de pesquisa de opinião pública quantitativa. E o segundo, um aditivo de R$ 80 mil, para fazer face às despesas do mesmo contrato.
 
O curioso é que o governo, por vias tortas, confirmou que o instituto contratado para fazer a referida pesquisa foi a tão conhecida Consult. A mesma empresa que já divulgou este ano duas pesquisas eleitorais favoráveis ao governador José Maranhão (PMDB) no Sistema Correio da Paraíba.
 
Duvida que o pagamento do governo foi feito à Consult? Pergunte a quem faz o papel do advogado do diabo.
 
O governo Maranhão III atesta que a pesquisa foi administrativa. E, na verdade, que na foi feita apenas uma, mas várias pesquisas em diversos municípios paraibanos. Bom. Os empenhos falam no singular e não no plural.
 
De qualquer forma, embora o caminho seja extra-oficial, foi uma resposta à provocação deste humilde blog. Pouco convincente, no entanto, porque se procura justificar o alto preço pago com recursos públicos aumentando a demanda do serviço contratado. O certo, neste caso, seria reduzir as despesas.
 
Para quê gastar tanto dinheiro com pesquisa administrativa pra saber que a Segurança Pública do Estado vai mal?
 
Mas, claro, seria pedir demais. Isso iria de encontro com a filosofia da comunicação do atual governo, conforme ficou descrita na frase da secretária Lena Guimarães, em recente diálogo com representantes de instituto de pesquisa: “Todos pagam, mas eu pago mais”.
 
 
Luís Tôrres