Em homenagem a tantos
protagonistas que, ao longo da História, almejaram liberdade e condições dignas
de vida e em contribuição a tão significativo marco, trago-lhes, por oportuno,
trecho de modesta palestra que proferi, publicada em Reflexões e Pensamentos —
Dialética da Boa Vontade (1987) e no Manifesto da Boa Vontade (21 de outubro de
1991), entre outros, que visa contribuir para a formação da consciência
planetária do Cidadão do Espírito:
Acreditar que possa haver
direitos sem deveres é levar ao maior prejuízo a causa da liberdade. Quando
situo — é importante esclarecer — os deveres do cidadão acima dos seus próprios
direitos, em hipótese alguma defendo uma visão distorcida do trabalho, em que a
escravidão é uma de suas facetas mais abomináveis.
Por isso, queremos que todos
os seres humanos sejam realmente iguais em direitos e oportunidades, e cujos
méritos sociais, intelectuais, culturais e religiosos, por mais louvados e
reconhecidos, não se percam dos direitos e liberdades dos demais cidadãos.
Porquanto, reitero, Liberdade sem Fraternidade Ecumênica é condenação ao
caos.
Trabalhemos por uma
sociedade em que Deus e Suas Leis de Amor e Justiça inspirem zelo à liberdade
individual, para garantir segurança política e jurídica a todos, como nos
suscita o abrangente significado do Natal Permanente do Cristo de Deus.
Refiro-me ao Criador Supremo, não ao errôneo entendimento que procura fazer Dele,
que é Amor, instrumento execrável de fanatismo e tirania, preconceito e ódio.
Consequentemente, não faço alusão ao deus antropomórfico, caricato, criado à
imagem e semelhança do homem imperfeito. (...)
As virtudes reais serão
aquelas constituídas pela própria criatura — que é, antes de tudo, Espírito —
na ocupação honesta dos seus dias, na administração dos seus bens e no respeito
pelo que é alheio, na bela e instigante aventura da vida. Uma nação que se faça
de tais elementos será sempre forte e inviolável.
Desejo que, em pleno século
21, consigamos consolidar esses ideais e expandi-los aos povos da Terra, para
que sejam plenamente vivenciados. E jamais repetir os séculos anteriores
naquilo em que foram um fracasso.
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
Serviço – Jesus e a Cidadania do Espírito (Paiva Netto), 400 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela www.amazon.com.br.