No início de sua fala, Jeová
reiterou que não podia tratar essa questão com qualquer sentimento de
preconceito e que mesmo sendo da base do governo votaria pela derrubada do
veto, por entender que o argumento de inconstitucionalidade não se aplica a
essa questão e também por defender pessoalmente o uso terapêutico da cannabis.
“Eu tenho uma pessoa minha, de nome Francisco Lins, com um problema gravíssimo
decorrente de Alzheimer, que não ficava em casa, só vivia perambulando pelas
ruas e era preciso até contratar uma pessoa para ter que acompanhá-lo. E a
partir do momento que ele começou a fazer o tratamento, ele ganhou qualidade de
vida e hoje tem uma vida tranquila em casa e uma convivência de harmonia com
sua família”, argumentou o parlamentar.
Jeová continuou seu relato
destacando que, infelizmente, Francisco Lins não reconhece mais ninguém, mas
que a partir do momento em que começou a fazer tratamento com THS, ele ganhou
qualidade de vida. “Ele é uma pessoa que amo muito e ele me ama também, mas,
infelizmente, ele não sabe mais quem eu sou. Mas, efetivamente, o tratamento
com TSH possibilitou que ele viva em paz consigo mesmo. Ele hoje vive bem, se
alimenta bem e vive numa paz espiritual surpreendente. E é ilustrando com esse
exemplo e tantos outros que a gente conhece, que eu peço aos colegas que votem
pela derrubada do veto como eu farei”, disse Jeová, lembrando que o debate que
realmente importava era assegurar e facilitar as pessoas o acesso ao tratamento
com a cannabis.
Assessoria