O presidente da Feplana,
Alexandre Lima, lembra que da forma como o Renovabio foi concebido só
contemplou as indústrias deixando de fora quem, de fato, participa ativamente
da redução da emissão de CO2, que é quem planta. “Não estamos pleiteando nada
de ninguém, nem muito menos queremos tirar os dividendos das indústrias.
Pleiteamos o que é nosso por justiça e merecimento. Não é no processo
industrial que se reduz a emissão de CO2, é em todo o processo produtivo no
campo”, destaca Alexandre. Ele reitera que as indústrias que produzirem com
100% de sua matéria-prima não vão
precisar dividir o CBios com ninguém.
“Queremos receber o
proporcional ao fornecimento da matéria-prima que é nosso de direito e não
aceitaremos essa proposta das indústrias de pagar 60% e ainda mais descontando
os custos, porque ela representará, na realidade, um ganho de apenas 30%”,
afirma o dirigente da Unida, lembrando que mesmo os 100% pleiteado pelos
produtores, quando descontado os custos, representará um ganho de apenas 75%.
“Nós não podemos ficar de fora deste projeto que estimula a baixa emissão de
CO2 no campo, pois somos justamente o elo da cadeia produtiva onde isso
acontece em maior escala, portanto, não é justo que não tenhamos 100% de
participação”, disse José Inácio.
O dirigente canavieiro
reitera que os produtores não querem tirar nada das indústrias, apenas receber
o que lhes é de direito. “Os ganhos financeiros com o CBios precisam ser
divididos para toda a cadeira sucroenergética e não apenas com as indústrias como
está acontecendo agora. Já perdemos a parte que nos cabe desse mercado de
crédito de carbono na safra passada, estamos perdendo nesta safra também e não
é justo que isso continue acontecendo. O que pleiteamos é uma justa revisão no
Programa do Renovabio para que os produtores também sejam incluídos nos ganhos
e contemplados com a parte que lhes é correspondente”, reforça José Inácio.
O presidente da Unida e da
Asplan lembra que a esperança da classe recai sobre o Projeto de Lei do
deputado paraibano, Efraim Filho. “Viemos conversar hoje com o parlamentar,
para que ele fale com os demais deputados para dar celeridade à conclusão dos
trabalhos e apreciação do texto o mais rápido possível”, disse José Inácio.
Segundo ele, o parlamentar prometeu se empenhar nessa missão, inclusive, vendo
a possibilidade de apreciação do texto em plenário antes do início do recesso
parlamentar, em julho. O diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto
Siqueira também participou da reunião, que aconteceu na capital paraibana, no
escritório do deputado.
Assessoria de Comunicação