“Esse foi o primeiro contato
com os representantes do Instituto Chico Neto Racing. Estar aberto e acessível
ao diálogo é importante para planejamentos e futuros projetos sociais como
esse. Estou aqui para buscar sempre o melhor para o nosso município. Certeza de
que esse vínculo será um grande ganho para a nossa região”, comentou Alexandre.
Para o diretor de
relacionamento da Plataforma Onze, Fabrício Dora, na concepção desse projeto a
empresa procurou incorporar iniciativas de acessibilidade, utilizar conceitos
de sustentabilidade na obra, com o uso de energias renováveis, além de um
método de construção mais verde possível, desde o tipo de asfalto a ser usado
na obra, como outros tipos de materiais. “E ainda outra novidade, é que as
corridas no equipamento serão com karts elétricos”, anunciou.
Fabrício revelou que o projeto
deste kartódromo contará com escolas de mecânica para crianças em situação de
vulnerabilidade social, como também abrigará outros tipos de entretenimento
numa imensa área de lazer que está sendo construída, e isso vem de encontro com
o plano de governo da atual gestão municipal e do empresariado local que também
será importante aliado na construção do equipamento.
O Instituto Chico Neto
Racing e a Plataforma Onze trabalham na mobilização e atração de novos
patrocinadores para o empreendimento que podem entrar em contato pelo (83)
98711-6149. As duas entidades são paraibanas.
O Instituto Chico Neto tem
projeto aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte que possibilita doação de parte
do imposto de renda de empresas, com isso, consegue atender crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade social, promovendo a inserção e a
melhoria da qualidade de vida com escolinhas desportivas, no caso do kart,
passam por simuladores, onde as crianças que se destacarem vão começar a ter
aulas de kart indoor, e aquelas que continuarem se destacando serão escolhidas
para competições em pista e o início da carreira patrocinada.
Segundo Fabrício Dora, a
intenção é fazer do automobilismo que é um esporte de alto nível e investimento
elevado, num esporte mais acessível para crianças em situação de
vulnerabilidade social. “Quem sabe a gente não descobre aí um grande talento e
que possa se tornar um referencial, abrindo caminhos para divulgar o esporte
como importante instrumento de equidade social”, destacou.
Feliz coincidência ou não, o
piloto cearense, radicado paraibano, Chico Neto, nome que leva o instituto
social, mais uma vez protagoniza uma ação solidária, desta vez, na vida dos
desportistas cariocas da cidade de Búzios-RJ.
A distância é só geográfica,
mas muito próxima na irmandade e união de dois pilotos, hoje com doze anos, que
serviram de exemplo, ainda na fase tenra da idade, aos nove anos, quando Pietro
Nalesso, carioca de Búzios-RJ, impossibilitado de continuar correndo nas pistas
do automobilismo por falta de condições financeiras, tocou o coração de Chico
Neto, que ao perceber ser aquela, a última corrida do companheiro de pista, não
hesitou em mover a família e amigos para a causa.
Segundo o vice-presidente do
instituto, Caio Arruda, o automobilismo chega a ser um esporte de auto-custo,
pois em média, por ano, o piloto pode desembolsar até R$ 200 mil.
Ainda criança, Chico Neto
teve a cabeça de um gigante, ao comover primeiro o pai para captar recursos a
fim de dar prosseguimento a carreira de Pietro Nalesso, e assim, a primeira
proeza dele foi conquistada, o maior prazer segundo ele, bem maior do que subir
nos pódios da vida e erguer as taças nas 35 corridas durante os cinco anos de
disputas, desde os 7 anos de idade, das quais, 33 obteve o primeiro lugar.
O menino que pensava como
adulto, após ajudar o colega de pista, mais uma vez se dirigiu ao pai, e disse
que queria fazer isso na vida: continuar ajudando crianças na realização de
sonhos, seja por meio do esporte ou outras iniciativas que pudessem alavancar a
carreira de outras pessoas na sua faixa etária ou não.
E foi assim que nasceu o
Instituto Chico Neto Racing em 2018, e hoje coleciona efetivas ações na vida
não só de paraibanos, mas de pessoas que vivem até mesmo em situações de
extrema pobreza na África, por meio da iniciativa Fraternidade sem Fronteiras.
Nesses três anos na Paraíba,
o instituto já conseguiu atender mais de 200 crianças e adolescentes com
escolinhas de kart, judô, surf, futebol de salão, entre outros, em bairros
periféricos de João Pessoa. “O esporte tem ajudado não só na socialização das
crianças, mas até mesmo em problemas de saúde, como déficit de atenção”,
destacou Caio.
Em razão da pandemia, o
instituto vem trabalhando de forma limitada e atende 80 crianças no bairro de
Mangabeira com aulas de futebol de salão, mas a diretoria faz prognósticos que
após a regularidade da situação sanitária do país, a meta é atender mais de
1.000 crianças e adolescentes com todos os projetos já planejados na área de
esportes.
Para o público alvo do
instituto é cobrado notas escolares, comportamento, além da assiduidade nas
aulas escolares que está matriculado, e ainda compromisso e assiduidade nos
projetos esportivos.
Para Fabrício Dora, Chico
Neto é um menino fora da curva na sua faixa etária, pois é ele quem sempre toma
as iniciativas do instituto, virou palestrante, continua estudando, mas vem
paralelamente ajudando no desenvolvimento econômico e social de crianças e
adolescentes.
Se para voar nas pistas
precisou de talento e da ajuda dos pais, Chico Neto por meio do instituto prova
que por meio da solidariedade é possível dar asas aos sonhos de quem busca uma
oportunidade, seja para vencer nas competições de uma atividade desportiva,
seja pra conquistar oportunidades no mercado, um duelo que nem sempre se
encontra em situações de igualdade e disputa.
Assessoria de Comunicação