“Desde ontem, quarta-feira (16), quando soube
da demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fico me perguntando
até onde vai e para onde vai nos levar a vaidade e a estupidez de Bolsonaro que
ignora a ciência, o conhecimento, os estudiosos, os pesquisadores, a classe
médica, e até as dramáticas experiências já vividas pelos outros países e em
meio a essa pandemia toda decide tirar o titular da pasta de Saúde e
desestruturar toda a equipe do Ministério que vinha agindo e atuando de forma
correta, estimulando o isolamento social e buscando formas de ajudar estados e
municípios nesta batalha contra o coronavírus”, disse o deputado estadual Jeová
Campos.
O parlamentar lembra que
Mandetta entrou em linha de choque com o presidente Jair Bolsonaro, justamente,
por defender o isolamento social. “Todos nós sabemos que o isolamento social é
fundamental para retardar o avanço da doença. E essa medida, que é a mais
correta, é criticada pelo presidente, que deseja a ampla retomada da atividade
econômica. Isso porque Bolsonaro ao invés de se preocupar com a saúde e a vida
do povo brasileiro quer salvaguardar o capital, o mercado, a economia.
Lamentável tudo isso”, reitera Jeová.
Outros políticos e
autoridades também manifestaram perplexidade em relação a exoneração de
Mandetta do Ministério, na atual conjuntura. O ex-prefeito de São Paulo e
candidato do PT à presidência da República em 2018, Fernando Haddad, escreveu
no Twitter: "Em sua despedida, Mandetta defende a vida, o SUS e a ciência.
Três palavras incompatíveis com o atual governo". O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso também criticou a demissão. “A troca no comando da Pasta em
meio à pandemia do novo coronavírus chegou em má hora...O ministro estava na
linha de frente da batalha pela vida e o custo político da decisão se medirá
pelo (número) de mortes", escreveu o ex-presidente no Twitter. Artistas, a
exemplo de Caetano Veloso, também fizeram protestos usando máscaras onde se
lia: “Fora Bolsonaro”. Na hora do comunicado oficial pelo presidente também se
ouviu panelaços em várias partes do Brasil.
Assessoria