A anomalia chama a atenção porque envolve a prefeita de uma cidade de porte médio da Paraíba, e Patos não merece pelo que está passando, uma escândalo que poderá levar a ex-deputada Chica Motta (PMDB) a prisão. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar atos de improbidade administrativa, que fora praticado por ela e familiares.
Conforme noticiado nesta terça-feira (19), a ação recebe a assinatura do procurador federal João Rafael com base em novos grampos telefônicos na segunda fase da operação denominada “Desumanidade”. O batismo vem a calhar com o que está sendo investigado, pois a suposta roubalheira atinge, principalmente, a população carente de Patos.
Chica Motta, como se sabe, não é candidata a reeleição. Parece pressentir o que poderá aconteceu nos próximos dias, depois do pedido de prisão anunciado pelo MPF. Pega além da prefeita, os integrantes do clã dos “Motta”. A ação foi movida com base em grampos telefônicos. Coisa de estarrecer qualquer um, quando se imagina que isso não acontece.
De acordo com os informes, além da manipulação de licitações para desvio de recursos federais no âmbito da Prefeitura de Patos, a perseguição política a quem ousa denunciar as práticas de corrupção dentro do grupo político. Desta vez, tudo começou em São José de Espinharas, administrado por Renê Trigueiro Caroca.
Conta-se que lá, o taxista Arcádio Queiroz de Medeiros que denunciou o esquema ao Ministério Público Federal contra a prefeita foi vítima de uma trama que, para lograr êxito, precisava que tivesse a ajuda da prefeita de Patos, Chica Motta. Se o malfeito for comprovado, o que deverá ocorrer por conta dos áudios à disposição do procurador João Rafael, a situação poderá se complicar ainda mais para o lado dos “Motta”.
Na petição do MPF, o escárnio da ação dos supostos envolvidos: “Diante das denúncias apresentadas por Arcádio, Renê Trigueiro Caroca resolveu arquitetar uma estratégia para prejudicar, intimidar e silenciar o denunciante. Como Arcádio Queiroz era titular de uma concessão de transportes alternativos emitida pela Prefeitura de Patos, Renê valeu-se da grande influência que possui na gestão da referida prefeitura para, em conluio com a gestora e com servidores do município, cassar a concessão titularizada pelo representante das representações que Arcádio subscreveu, bem como revelam o estratagema utilizados pelo promovidos para dar aparência de legalidade ao ato praticado”.
No diálogo, de acordo com o procurador João Rafael, “Ilanna Motta e Francisca (Chica) Motta telefonam para Damião, lotado no departamento jurídico do Setor de Transportes de Patos. IIanna e Francisca Motta determinam que Damião e Marcos, chefe da repartição, façam o ‘negócio’, o que se trata, na verdade, da cassação do alvará de transporte de Arcádio Queiroz.
pbagora com marconeferreira.com