A Comissão Especial do Senado Federal que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff adiou para esta quarta-feira (25) a sua reunião para definir o cronograma de trabalho, que será votado pelos membros do colegiado. O adiamento foi confirmado pelo presidente da Comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
O debate sobre o plano de trabalho da comissão para a continuidade do processo ocorreria nesta terça-feira, mas como houve convocação do Congresso Nacional para as 11 horas da manhã, para votar a nova meta fiscal, o presidente Raimundo Lira decidiu pelo adiamento.
Raimundo Lira confirmou que, nesta etapa, os trabalhos concentram-se na comissão, com a produção de provas, audiência de testemunhas, diligências e debates entre a acusação e a defesa. A Comissão Especial do Impeachment continua a ser presidida por Lira, mas caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, coordenar as atividades.
Procedimentos – Ao assumir essa função, também em 12 de maio, Lewandowski afirmou que os juízes são os senadores e que ele atuará como um órgão recursal. O presidente do STF disse ainda que os procedimentos a serem seguidos são baseados no processo de impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992.
Os senadores Raimundo Lira e Antonio Anastasia, Ricardo Lewandowski, técnicos da Comissão Especial do Impeachment e do STF se reuniram na terça-feira passada (17) para discutir os aspectos legais do processo de impedimento. Ao sair do encontro, Lira disse que anunciaria o calendário da nova etapa nesta reunião de amanhã.
Segundo Raimundo Lira, os integrantes do colegiado decidirão por voto se as investigações vão durar menos de 180 dias, período máximo de afastamento de Dilma.
Assessoria de Imprensa
Gabinete do Senador Raimundo Lira – PMDB/PB