O estoque é o mais crítico desde que o banco começou a
funcionar. Direção da Maternidade alerta para a gravidade da situação
O estoque do Banco de
Leite Humano Dra. Vilani Kehrle, da Maternidade de Patos, está com apenas sete
litros. Esse volume é o menor atingido desde que o banco foi inaugurado em
1988. Poucas doadoras e o grande número de recém-nascidos que precisaram do
produto resultaram nesta realidade que pode comprometer a alimentação dos bebês
que estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, dos bebês que
estão na UCIN e dos que se encontram no alojamento Mãe-Canguru que necessitam
do leite materno para sobreviver e cuja dieta é feita, exclusivamente, com
leite doado.
“A situação é crítica e
preocupante e a única forma de revertermos isso é captando novas doadoras, por
isso estamos realizando palestras para conscientizar as gestantes e mães sobre
a importância da doação. Faço um apelo para que as mulheres que tem excesso de
leite, ao invés de descartar o produto, doe para o banco”, argumenta a
coordenadora do BLH de Patos, Joana Sabino. Nesta quarta-feira (11), a
maternidade tem 18 bebês internados precisando de leite, sendo seis na UTI,
sete na UCIN e cinco no alojamento mãe-canguru. Atualmente, somente 13 doadoras
fornecem o leite para a instituição, assim mesmo com regularidade variada.
Para se ter ideia da
gravidade da situação do banco neste momento, basta lembrar que a dieta dos RN
é feita a cada três horas e que juntos, os 18 bebês que estão hoje na
maternidade, consomem, em média, 4,5 cinco litros/dia. “Como não têm previsão
de alta, pois isso depende do ganho de peso e das condições de saúde de cada
um, se os estoques não forem repostos a quantidade que está no banco só dá para
alimentá-los por mais um dia”, afirma a coordenadora do banco de leite, Joana
Sabino, lembrando que o banco já chegou a ter um estoque de 180 litros.
Para ser doadora é preciso
apresentar exames do pré ou do pós-natal comprovando estar bem de saúde, não
fumar mais que dez cigarros ao dia, não tomar medicamentos incompatíveis com a
amamentação e não usar álcool ou drogas ilícitas. Antes de ser enviado para
alimentação dos bebês o leite do banco passa por um processo de pasteurização
que inibe bactérias e vírus que possam causar doenças, como a AIDS. O Banco faz
a captação na casa da doadora e fornece orientação e matérias para a ordenha.
Para maiores informações é só entrar em contato através do telefone 3423-2157.
Assessoria