NOTÍCIAS: 12/09/2010 - Nem a presença de autoridades da Justiça Eleitoral foi
suficiente para que o atual governador José Maranhão, que tenta o seu
quarto mandato, cumprisse a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
de permitir a passagem da Carreata da Verdade, no início da noite deste
sábado (11), no município de Dona Inês.
A Carreata, encabeçada pelo candidato ao Governo do Estado pela
coligação Uma Nova Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi
impedida pela Polícia Militar de percorrer as ruas do município, mesmo
possuindo uma autorização por escrito do TRE para realizar a atividade.
Os policiais, à mando do atual Governo, descumpriram à ordem da
Justiça, sob alegação de que o candidato a deputado estadual e sobrinho
do atual governante do PMDB, Benjamim Maranhão, estaria fazendo carreata
pela cidade, no mesmo trajeto, no mesmo horário.
Os integrantes do Governo Maranhão III não apenas ignoraram a decisão
do TRE, como convocaram dezenas de policiais militares, além de quatro
viaturas da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTRAN), de João
Pessoa, para impedir a passgem de Ricardo e sua comitiva.
"Apesar dos apelos dos advogados e da apresentação de documentos
comprobatórios da determinação do TRE, o Governo do Estado decidiu
ignorar a decisão do Tribunal e resolveu, através do uso da força, nos
impedir de exercer nosso direito", explicou Fábio Carneiro, um dos
coordenadores da campanha socialista.
Provocações – Segundo Seu Francisco das Chagas,
morador de Dona Inês, as provocações à equipe de Ricardo começaram desde
o início da tarde. "Eles (os maranhistas) ficaram por aqui, passeando,
desde cedo. Trouxeram até um ônibus com gente de outras cidades. Esse
pessoal da carreata deles não é daqui não. Eles querem é fazer
confusão", afirmou.
A dona de casa Nilzete Trintade afirmou que só tem a lamentar a
postura dos militantes do PMDB de insistir no confronto direto. "Eles
ficaram esperando a carreata de Ricardo e Cássio. Só queriam passar,
quando Ricardo passasse, para provocar uma briga. Em vez de apresentar o
que quer de bom para a nossa cidade, fica procurando confusão", disse
ela.
Já o frentista Marcos de Sousa, acredita que o então governador tomou
essa decisão para afrontar e intimidar o prefeito da cidade, seu
opositor. "Maranhão tem uma de suas maiores fazendas aqui em Dona Inês. A
raiva dele é porque nosso prefeito, Antônio Justino, está com Ricardo e
não com ele", concluiu.
ASCOM