NOTÍCIAS: 29/09/2010 - O
cartório do município de Prata, no Cariri paraibano, registrou uma
declaração de venda de mandato pelo preço de R$ 35 mil. A declaração
teria sido feita pelo ex-vereador José Erinaldo de Sousa (PRP) que teria
vendido o cargo ao primeiro suplente Israel Simões de Araújo (DEM).
A notícia foi dada pela repórter Karem
Vasconcelos, correspondente do Correio Detabe, da 98 FM, Rede Correio
Sat. A denúncia foi feita três meses após a desistência do vereador da
vaga na Câmara de Prata, sem nenhuma explicação.
No documento registrado no cartório,
José Erinaldo declara que além do dinheiro, o contrato incluía um
salário mensal de R$ 1 mil a ser pago pela Prefeitura de Prata.
Num trecho do documento, o vereador diz
que foi orientado a informar a renúncia em requerimento, para não
caracterizar crime. No documento ele diz que “na verdade não houve
renúncia, foi a venda do mandato pelo preço citado”.
O nome de mais dois vereadores também
constam na declaração: o atual presidente da Câmara de Prata, José
Josafá Claudino, e Felizardo Moura Nunes, que segundo o vereador
participaram das negociações.
José Erinaldo, disse que um outro
vereador envolvido, o segundo suplente Ginaldo Batista do Nascimento,
teria incentivado a formalização da venda do mandato no cartório.
Após a assinatura do contrato em
cartório, o segundo suplente entrou com ação na Justiça para denunciar o
fato, pedindo a cassação do mandato do primeiro suplente, para assumir o
cargo.
José Erinaldo diz que foi enganado pelos
dois suplentes, porque ele não sabe ler e só sabe apenas assinar o
nome. Ele diz ainda que assinou o documento sem conhecer o conteúdo.
A repórter tentou entrar em contato com os vereadores envolvidos, mas eles não foram localizados para falar sobre as denúncias.
A Justiça Eleitoral já abriu processo para apurar os fatos.
Da redação com Karem Vasconcelos