segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Professora Doutora em Agronomia denuncia docente da UFPB por assédio moral e psicológico

EDUCAÇÃO: 03/08/2009 – Imagem: Arquivo - A Professora Doutora Magna Maria Macêdo Ferreira, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), está denunciando a também professora Vilma Marques Ferreira, do campus de Areia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) por assédio moral e psicológico. O fato ocorreu durante a prova de um concurso realizado pela UFPB para o preenchimento de uma vaga de professor na cadeira Fisiologia Vegetal, no Campus de Areia da UFPB.
Vilma fazia parte da banca examinadora responsável pela análise da apresentação da candidata. Magna Maria diz que foi constrangida durante a aula de apresentação, no momento em que se preparava para expor o material que havia preparado. “Foram várias as pessoas que presenciaram esse episódio lamentável, entre elas os outros professores da banca, alguns alunos do curso de pós-graduação, professores do centro e até o candidato rival”, diz Magna, em sua denúncia. Magna Maria chegou a afirmar que a forma como foi tratada por uma das professoras chegou a comprometer a sua apresentação. “Tal fato me deixou muito mal psicologicamente no momento de execução da aula. Senti-me extremamente humilhada e ofendida”, afirma. A professora Doutora diz que o assédio continuou após a sua apresentação o que lhe deixou profundamente indignada. Ela diz que vai procurar ser reparada pelo ocorrido. “Quero que todos fiquem sabendo desse triste episódio. Creio ter sido proposital como forma de baixar o nível da minha aula. Logicamente eu vou procurar os meus direitos em todas as instâncias possíveis e quero ser reparada desse dano moral, mas o meu intuito principal é justamente que todos fiquem sabendo e tenham seu senso crítico”. Magna Macia Macedo Ferreira é natural de Recife-PE, mas mudou-se para Campina Grande-PB ainda criança, onde cursou o colegial. Graduou-se em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1993). É mestre em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1995) e Doutora em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa-MG (2001). Ela é especialista em Botânica, com foco em Fisiologia Vegetal. Atualmente, é professora efetiva da Universidade Federal de Roraima (UFRR), onde reside com o esposo, Gilvan Ferreira, pesquisador da Embrapa, e os três filhos. Magna decidiu se submeter ao concurso da UFPB para retornar à Paraíba, onde quer voltar a desenvolver seus projetos profissionais. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (95) 8111-4250. Veja, abaixo, a denúncia da professora, na íntegra: ASSÉDIO PSICOLÓGICO EM CONCURSO DE FISIOLOGIA VEGETAL Venho, através do presente instrumento, tornar público o assédio moral e psicológico do qual, como candidata a professora adjunta de Fisiologia Vegetal no CCA/UFPB, fui vítima por parte de um dos membros da banca examinadora numa atitude de extrema fraqueza, falta de ética e de profissionalismo, para não dizer falta de caráter. No dia 29 de julho de 2009, por volta das 8HS00 da manhã, eu estava na sala do concurso público preparando todo o material para a prova didática que, no meu caso, se iniciaria às 8hs10 conforme sorteio. Depois de preparar todo o material (notebook, projetor multimídia, pincéis, apontador, livros, periódicos etc), tomei três fotos dos meus filhos, que são as coisas que eu mais amo na vida, e coloquei de forma discreta num cantinho da mesa, como forma de passar uma energia positiva num momento delicado que eu estava vivendo da vida profissional. Nesse momento, uma das professoras componentes da banca examinadora, a Dra Vilma Marques Ferreira, professora adjunta da Universidade Federal de Alagoas, se aproximou e falou na vista de várias testemunhas a seguinte frase: ‘ISSO AÍ TÁ PARECENDO MAIS É UMA MANDINGA’. Foram várias as pessoas que presenciaram esse episódio lamentável, entre elas os outros professores da banca, alguns alunos do curso de pós-graduação, professores do centro e até o candidato rival. Ora, mandinga se refere a uma forma pejorativa de invocar as forças do mal para requerer algum benefício, o que não é o meu caso e, mesmo se fosse, cabe à banca examinadora de um concurso público propiciar um ambiente salutar para que os candidatos desenvolvam suas potencialidades a fim de que sejam julgados com imparcialidade. Quero afirmar que tal fato me deixou muito mal psicologicamente no momento de execução da aula. Senti-me extremamente humilhada e ofendida primeiramente como mãe de três filhos lindos que eu tenho. Depois como candidata. Não parou por aí. Quando terminou a prova didática dirigi-me a algumas pessoas conhecidas. No momento em que eu estava cumprimentando uma professora do centro e mostrando-lhe as fotos dos meus filhos, a professora Vilma Marques Ferreira se aproximou mais uma vez e disse: ‘Professora, ela está com mandinga’. Quero que todos fiquem sabendo desse triste episódio. Creio ter sido proposital como forma de baixar o nível da minha aula. Logicamente eu vou procurar os meus direitos em todas as instâncias possíveis e quero ser reparada desse dano moral, mas o meu intuito principal é justamente que todos fiquem sabendo e tenham seu senso crítico.