CIDADES: 22/06/2009 – Imagem: Arquivo - Com muita irreverência o magistério de Sapé, em greve desde segunda-feira (15), está realizando o ‘velório da educação’ na sede do Sindicato. Em volta do caixão, contracheques dos professores demonstram os baixos salários recebidos pela categoria. A manifestação é um protesto contra o impasse nas negociações do reajuste salarial da categoria, que tem data-base em 1º de maio e até agora não teve suas reivindicações atendidas pelo prefeito João da Utilar (Dem).
A categoria reivindica 30% de reajuste retroativo a data-base, mas o Executivo só oferece 13%. Segundo o presidente do Sindservs - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sapé, Jorge Galdino, o reajuste do Fundeb este ano ultrapassou os 28% e a categoria está sem reajuste salarial desde 2006. “Não estamos cobrando nada referente aos anos anteriores como diz a secretária de educação.
“Estamos querendo apenas o reajuste do Fundeb deste ano, repassado pelo Governo Federal, e um percentual de reposição da inflação de 2%. O que não aceitamos é o aumento de mais de 80% no número de contratados da educação, fazendo da secretaria um verdadeiro cabide de empregos”, disse Galdino.
Foi marcada uma assembléia geral para ontem, domingo (21), quando o magistério definiu ás estratégias para o movimento. Domingo também iniciou as festividades juninas promovidas pela Prefeitura em praça pública e a categoria afirmou que esse também foi palco de várias manifestações da categoria para mostrar aos turistas e à sociedade sapeense o descaso na educação.
“O magistério tem um salário básico de R$ 440,00 e queremos apenas o reajuste deste ano que já estão nos cofres da prefeitura desde janeiro. Enquanto isso a primeira-dama institui o Cerimonial da Prefeitura contratando 13 pessoas para as pompas do prefeito.
João da Utilar também enganou a comunidade escolar no início do ano, chamando todos os alunos a se matricularem na rede pública que haveria aulas de dança, música e teatro e ainda iria distribuir material escolar. Tudo mentira! A única verdade é que recebemos salário de fome e as escolas nem ao menos foram pintadas, apesar do aumento de mais de 28% nos recursos da Educação” – encerrou a professora Mariza Alexandre, vice-presidente do Sindservs.
Fonte: Jornal Força de Expressão