Anísio Maia destacou que o maior desafio da Prefeitura de João Pessoa a partir de 2021 será na área da habitação porque o governo do presidente Jair Bolsonaro reduziu as verbas para a área. “O governo Bolsonaro reduziu os recursos para a habitação e a Prefeitura de João Pessoa terá que se esforçar para buscar linhas de crédito para resolver o problema do déficit habitacional na cidade. Na cidade há vários locais de ocupação. Nos preocupa a situação de vocês, principalmente, por conta das crianças e dos idosos. Infelizmente, esse é o retrato do tratamento que a Prefeitura de João Pessoa dá às pessoas mais modestas”, ressaltou. Anísio esteve acompanhado pela candidata a vereadora, Lúcia da Moradia.
O acampamento ‘Povo sem medo de lutar’ foi erguido com moradias feitas a partir de madeira, lona, papelão, ferros e tecidos. Os moradores alegam que o terreno é da própria Prefeitura de João Pessoa, que não apresentou uma solução para o problema, segundo a representante dos moradores, Nídia Medeiros. “A maioria aqui vive de aluguel e ficou sem condições e até agora sem resposta. Quem está aqui mora de verdade, então, a prefeitura tem que vir com proposta porque é tirando e as pessoas voltando para cá. Espero que Anísio venha para mudar a forma como somos tratados”, afirmou.
No acampamento moram 41 famílias, 64 crianças, 4 gestantes, 3 idosos e 4 pessoas com deficiência física. Nídia diz que o maior problema enfrentado por eles é as condições de habitação e a falta de apoio para o acompanhamento em saúde. “O Cras veio aqui e quis nos dar auxílio moradia. Alguns aceitaram, mas a maioria, não. Mas, para o auxílio moradia tinha que ter uma declaração do PSF e eles não nos deram. Algumas pessoas estão sem atendimento médico”, disse.
Biblioteca no meio dos barracos
No acompanhamento ‘Povo sem
medo de lutar’, as famílias também sentiram o impacto da pandemia do novo
coronavírus. As crianças tiveram as aulas suspensas e uma das moradoras
resolveu atuar como voluntária. Gabrieli Vitória, 20 anos, organizou junto com
outras três pessoas para oferecer atividades lúdicas e reforço escolar. “As
escolas estavam paradas e as mães sobrecarregadas aí a gente teve a ideia de
oferecer o reforço para asa crianças não esquecerem do que aprendeu. São 64
crianças e 2 alunos adultos à noite”. O espaço conta com livros doados e uma
decoração que remete ao ambiente escolar.
Assessoria