sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Anísio Maia defende projeto de habitação solidária para menos favorecidos

João Pessoa possui cerca de 20 mil famílias sem teto e em torno de 2 mil vivem em acampamentos urbanos, como o ‘Povo sem medo de lutar’, no Bairro das Indústrias, que foi visitado na manhã desta sexta-feira (9), pelo candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Anísio Maia. Na área moram 41 famílias e 64 crianças. A principal proposta apresentada por Anísio para esse tipo de situação é o programa de Habitação Solidária juntamente com os movimentos que acompanham os acampamentos e diálogo para evitar conflitos e truculência. O candidato representa a Coligação ‘Unidos por João Pessoa’,  composta pelo PT e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Anísio Maia destacou que o maior desafio da Prefeitura de João Pessoa a partir de 2021 será na área da habitação porque o governo do presidente Jair Bolsonaro reduziu as verbas para a área. “O governo Bolsonaro reduziu os recursos para a habitação e a Prefeitura de João Pessoa terá que se esforçar para buscar linhas de crédito para resolver o problema do déficit habitacional na cidade. Na cidade há vários locais de ocupação. Nos preocupa a situação de vocês, principalmente, por conta das crianças e dos idosos. Infelizmente, esse é o retrato do tratamento que a Prefeitura de João Pessoa dá às pessoas mais modestas”, ressaltou. Anísio esteve acompanhado pela candidata a vereadora, Lúcia da Moradia.

O acampamento ‘Povo sem medo de lutar’ foi erguido com moradias feitas a partir de madeira, lona, papelão, ferros e tecidos. Os moradores alegam que o terreno é da própria Prefeitura de João Pessoa, que não apresentou uma solução para o problema, segundo a representante dos moradores, Nídia Medeiros. “A maioria aqui vive de aluguel e ficou sem condições e até agora sem resposta. Quem está aqui mora de verdade, então, a prefeitura tem que vir com proposta porque é tirando e as pessoas voltando para cá. Espero que Anísio venha para mudar a forma como somos tratados”, afirmou.

No acampamento moram 41 famílias, 64 crianças, 4 gestantes, 3 idosos e 4 pessoas com deficiência física. Nídia diz que o maior problema enfrentado por eles é as condições de habitação e a falta de apoio para o acompanhamento em saúde. “O Cras veio aqui e quis nos dar auxílio moradia. Alguns aceitaram, mas a maioria, não. Mas, para o auxílio moradia tinha que ter uma declaração do PSF e eles não nos deram. Algumas pessoas estão sem atendimento médico”, disse.

Biblioteca no meio dos barracos

No acompanhamento ‘Povo sem medo de lutar’, as famílias também sentiram o impacto da pandemia do novo coronavírus. As crianças tiveram as aulas suspensas e uma das moradoras resolveu atuar como voluntária. Gabrieli Vitória, 20 anos, organizou junto com outras três pessoas para oferecer atividades lúdicas e reforço escolar. “As escolas estavam paradas e as mães sobrecarregadas aí a gente teve a ideia de oferecer o reforço para asa crianças não esquecerem do que aprendeu. São 64 crianças e 2 alunos adultos à noite”. O espaço conta com livros doados e uma decoração que remete ao ambiente escolar.

 

Assessoria