sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Jornalista paraibano pode virar imortal da Academia Guarulhense de Letras no final do mês. O páreo é duro, mas o candidato, idem


GENTE: 10/09/2010 - O jornalista paraibano Gil Campos de Farias está a um passo de se tornar ‘imortal' da Academia Guarulhense de Letras. Natural de Campina Grande, Gil Campos reside em São Paulo há mais de dez anos, tendo destacada atuação na imprensa paulista.

O demorado e criterioso processo para a escolha do novo ‘imortal' foi iniciado com 32 nomes. A análise curricular dos pretendentes durou aproximadamente dois meses e resultou na escolha, pelos critérios da Academia, dos nomes de Gil e de mais dois outros pretendentes – um deles é professor da USP e ambos tem mais livros escritos que o nosso Gil.

Neste primeiro processo, o currículo de Gil Campos superou o de nomes considerados consagrados da chamada ‘grande imprensa', a exemplo do renomado jornalista Hermano Henning. Agora, no segundo, vai valer a quantidade de livros escrito por cada pretendente, claro. Mas também – e principalmente - o talento, mais que tudo.

A escolha caberá aos membros que compõem atualmente a Academia. O resultado poderá ser divulgado no próximo dia 28 de setembro, data em que os ‘imortais' irão se reunir e, possivelmente, escolher o mais novo colega – a academia reúne-se sempre na última terça-feira de cada mês.

Conheço Gil há pelo menos 18 ou 19 anos. Fomos companheiros no curso de Comunicação Social na Universidade Estadual da Paraíba - UEPB e, desde esta época, já o admirava, pela coragem com que tratava os assuntos policiais – Gil era repórter policial dos bons. Ou de qualquer outro assunto ao qual dedicava a sua escrita, pois sempre dava enfoques diferenciados aos temas que retratava.

Senti quando ele teve que deixar a terrinha para brindar os paulistas com seus excelentes textos e análises. Naquele instante, perdia a convivência física não apenas do companheiro de imprensa que muito me ensinava, mas de um amigo, confidente e irmão.

Em raros - porém extremamente felizes – momentos em que estivemos juntos, seja em São Paulo ou em Campina Grande, recordamos os bons tempos das saídas da faculdade para os bate-papos noturnos no Bar do Brito, sempre acompanhados do excelente ‘queijo assado ao molho rosê'.

Acompanhei um pouco de sua angústia em ter que deixar para trás amigos e familiares para procurar uma vida mais tranquila no Sudeste, motivado pelos sentimentos menores de quem não se agradava de suas incursões pelo jornalismo investigativo.

E, esta semana, fiquei imensamente gratificado em ter a notícia de sua quase ‘imortalidade'. “Só o fato de você estar entre os três finalistas à cadeira de imortal da Academia Guarulhense de Letras já é motivo para um grande orgulho dos seus amigos aqui da Paraíba”, disse a ele, em telefonema.

Longe de mim defender o seu nome em consideração à amizade, mas unicamente pelo conhecimento de seu trabalho. Gil merece ser imortalizado na Academia pelo seu exemplo de dedicação à profissão e pelo texto incomum, rico, profundo, emocionante, cativante, exemplar.

A disputa é dura. Passa, inclusive, por um árduo trabalho de convencimento dos ‘pares', um a um. Mas para isso, o nosso ‘baixinho' tem cacife e experiência de sobra. Parabéns, pela indicação. Daqui vamos todos torcer. Você merece.

Carlos Magno