Carros novos passarão a ser nas cores preta e branca. Objetivo é
reaproximar a imagem do órgão à população.
AUTOS: 03/04/2010 - A Polícia Civil entrou na onda retrô da Segurança Pública de São
Paulo. A instituição recebeu o aval do governo para que seus
veículos voltem a ostentar as cores preta e branca ou, como
preferem os policiais veteranos, ônix e marfim. A medida não
deve trazer custos, pois atingirá só novas viaturas - as atuais
continuarão tricolores. O decreto foi assinado no último dia 30
pelo governador José Serra (PSDB), em sua última semana de
trabalho.
Ao mesmo tempo que volta a usar as cores que
ostentou durante 90 anos - o padrão tricolor foi inaugurado em
1999, durante o governo Mário Covas (PSDB) -, a instituição
pretende identificar os carros apenas com o nome Polícia Civil,
acabando com nomes de delegacias e departamentos na lataria dos
veículos. O plano do delegado-geral da Polícia Civil, Domingos
de Paulo Neto, é reaproximar a imagem do órgão à população.
A medida é popular entre os investigadores e
agentes. A manutenção da pintura das atuais viaturas é cara, ao
contrário do antigo padrão. Além disso, a mudança pode baratear
o custo dos novos carros, que seriam comprados da fábrica na cor
branca. A frota atual da Polícia Civil é de cerca de 8,5 mil
veículos.
Desde 2007 a Polícia Civil tentava recuperar suas
cores tradicionais, na cor branca. Em janeiro, com a decisão de
Serra de enviar à Assembleia Legislativa o projeto de lei que
altera o nome da Polícia Militar, resgatando o histórico e
tradicional nome da Força Pública, os delegados de São Paulo
voltaram à carga na tentativa de recuperar sua identidade mais
tradicional. A pressão acabou surtindo efeito e Serra resolveu
encampar a ideia.
As cores preta e branca para a polícia no Brasil
foram definidas pela primeira vez em 1808, pelo desembargador
Paulo Fernandes Viana, da Intendência-Geral da Polícia da Corte
e do Estado do Brasil, em substituição às cores verde e
vermelha. Para o desembargador Fernandes Viana, o preto e o
branco simbolizavam o trabalho diuturno da polícia.
Quando a pintura das viaturas das Polícias Civil e Militar foi alterada durante o governo Covas, o sentido era aproximar as duas polícias como parte do programa de integração das instituições. Assim, ambas passaram a exibir as cores da bandeira do Estado de São Paulo - vermelho, preto e branco. Também deveriam trabalhar em prédios em comum - o que só ocorreu com os comandos das instituições -, ter centro de comunicações conjunto e dividir a mesma academia de formação, além de trabalharem em áreas administrativas comuns a fim de facilitar o planejamento integrado. O projeto de integração das polícias - uma alternativa ao desejo do governo Covas de unificar as instituições - acabou ficando pelo caminho. Fonte: Agência Estado
Quando a pintura das viaturas das Polícias Civil e Militar foi alterada durante o governo Covas, o sentido era aproximar as duas polícias como parte do programa de integração das instituições. Assim, ambas passaram a exibir as cores da bandeira do Estado de São Paulo - vermelho, preto e branco. Também deveriam trabalhar em prédios em comum - o que só ocorreu com os comandos das instituições -, ter centro de comunicações conjunto e dividir a mesma academia de formação, além de trabalharem em áreas administrativas comuns a fim de facilitar o planejamento integrado. O projeto de integração das polícias - uma alternativa ao desejo do governo Covas de unificar as instituições - acabou ficando pelo caminho. Fonte: Agência Estado