
Joelton Ribeiro foi atingido na região do pescoço durante uma troca
de tiros com sequestradores em um apartamento na orla de Cabo Branco,
em João Pessoa, na última terça-feira (30). Ele estava em estado grave
e já tinha sido diagnosticado com paralisia nas pernas.
A assessoria do Trauma informou que a morte foi confirmada na
madrugada de segunda-feira (5). Durante o procedimento foram
realizados três exames que confirmaram a morte encefálica. Ainda de
acordo com a assessoria, a família não se posicionou sobre a
possibilidade de doar os órgãos de Joelton.
O soldado foi encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma e
após seis dias internados foi confirmada a morte cerebral. De acordo
com a assessoria do Trauma, o policial militar sofreu grande perda de
sangue e já chegou em estado grave. A princípio, a lesão sofrida pelo
tiro comprometia a coluna de forma grave e o esôfago, levando a sérios
riscos de danos neurológicos.
Como aconteceu
De acordo com o tenente Fernandes, do Grupo de Ações Táticas
Especiais (Gate), da Polícia Militar, explicou que tudo começou quando
Elizete Maia saía de uma padaria no bairro de Manaíra, pouco antes das
19h da terça-feira (30). Ela é esposa do empresário Herbert Maia,
diretor da Construtora Hema, e ele seria o verdadeiro alvo da ação.

Dominando a mulher, a dupla seguiu para o apartamento da família no
edifício Varandas do Atlântico, onde também fizeram reféns duas filhas
do casal, uma nora e uma empregada doméstica.
O porteiro do edifício percebeu que a moradora chegava de carro com
dois homens desconhecidos, desconfiou da atitude e acionou a Polícia
Militar, que enviou uma equipe de primeiras repostas.
O grupo entrou em confronto com os sequestradores, que conseguiram
atingir com um tiro o soldado Joelton Ribeiro Carneiro, de 23 anos. Ele
foi submetido a uma cirurgia e corre risco de ficar paraplégico.
Os bandidos só se renderam após 7 horas de negociações, tendo todas
as suas exigências atendidas na companhia do advogado Edgley Bezerra
(foto), solicitado por eles para garantir proteção de vida, e do
advogado Genival Veloso, representante dos direitos humanos designado
pela OAB.
Paraíba1