NOTÍCIAS: 10/04/2010 - Tratar a pedofilia como doença e relacionar com as classes menos
favorecidas é uma questão cultural existente no Brasil há muitos anos.
Quando se trata do Nordeste, esse julgamento de pobreza como explicação
para a geração da violência ainda se expressa com mais intensidade,
gerando preconceitos e descriminações com o ser social, independente de
seu caráter e conduta, mas sim pela sua posição financeira diante da
sociedade.
De acordo com a psicóloga especialista em violência sexual infanto-juvenil, Roseana Cunha, não existe comprovação de que nas classes C, D e E haja um maior índice de casos de pedofilia constatados. “A verdade é que pedofilia não tem nada ver com pobreza. E quando falamos isso, tratamos do lado do agressor e do agredido”, comenta.
De acordo com a psicóloga especialista em violência sexual infanto-juvenil, Roseana Cunha, não existe comprovação de que nas classes C, D e E haja um maior índice de casos de pedofilia constatados. “A verdade é que pedofilia não tem nada ver com pobreza. E quando falamos isso, tratamos do lado do agressor e do agredido”, comenta.
Segundo a especialista, tanto o pedófilo quanto as vítimas são
encontrados com a mesma frequência ou até mais nas classes A e B.
“Só é lembrar do caso da garota que morava em uma casa com muro alto, cerca elétrica em um bairro nobre de São Paulo, ela foi agredida por um dentista! São duas pessoas da classe alta envolvidas no caso. A diferença, é que nas classes pobres existe uma maior divulgação. As pessoas moram próximas, com as casas coladas, e os casos se tornam públicos facilmente”, explica a especialista.
Outro ponto ressaltado pela psicóloga é o erro cometido por muitos,
inclusive por pessoas que trabalham em órgãos competentes para o
enfrentamento da violência, ao tratar a pedofilia como uma doença. “O
certo é tratar o pedófilo como uma pessoa que possui uma desordem
mental.
E vale considerar que, não diferentemente da pessoa agredida, ele
também precisa de atendimento. O problema é que a jurisdição fica ligada
a punição e a vingança, esquecendo de dar suporte de tratamento para
que essa pessoa, caso um dia seja liberada da prisão, não volte com os
hábitos agressores”, finaliza. Por Rebbeca Ricarte