POLÍTICA: 04/04/2010 - O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, terá uma conversa
decisiva com o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) nesta
terça-feira, em Brasília. O encontro visa tentar desatar o "nó" do
partido nas eleições de 2010 e selar os últimos acordos políticos da
legenda na Paraíba. Ao que tudo indica, Cássio deve receber o aval
nacional dos tucanos para fechar o apoio do partido a pré-candidatura
de Ricardo Coutinho (PSB), ao governo.
A decisão deverá ser anunciada
depois de Guerra passar um dia ao lado do senador Cícero Lucena (PSDB),
em São Paulo, discutindo cenários eleitorais e tentando acalmar os
ânimos contrários. O PSDB deve lançar 15 candidatos ao governo em todo
país, mas, na Paraíba, a preferência é pela disputa na vaga de senador
com Cássio.
Em entrevista ao jornal O Norte, Sérgio Guerra não
antecipou a decisão oficialmente. Porém, deu dois indicativos
favoráveis à posição de aliança de Cássio, que deverá disputar uma vaga
no Senado. Primeiro, disse que Cícero Lucena será um dos
coordenadoresnacionais da campanha do ex-governador José Serra à
Presidência da República. Depois, negou que Cássio tenha traído o PSDB
na eleição de 2006, quando Geraldo Alckmin disputou e perdeu para Lula.
Segundo Guerra, as especulações de que Cássio traiu o partido naquele ano e fez campanha dupla para Lula, deixando mofar todo material de Alckimin num galpão, não procedem. "É mentira. Cássio nos deu tantos votos na Paraíba quanto precisávamos. Não houve traição", enfatizou Guerra.
Questionado se a indicação de Cícero para ser um dos coordenadores de Serra já não era um sinal de que Cássio venceu a batalha interna, ele negou. "Vamos chegar a um consenso e não posso adiantar antes de conversar com os dois". Fonte: O Norte