Isaías da Costa, Ricardo Chaves e Marco Antônio Firmino cumpriam pena no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná. Foram para lá em 2007, depois de serem acusados de comandar, de dentro da cadeia no Rio de Janeiro, ações violentas que aconteceram nas ruas da cidade carioca às vésperas do réveillon de 2006.
Na época, ônibus foram queimados, postos policiais, metralhados e dez pessoas morreram. Mesmo assim, a Justiça Federal no Paraná decidiu que os três deveriam ser devolvidos para presídios fluminenses até o fim desta semana. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, não gostou e recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com um ofício da vara de execução penal, os três condenados não poderiam ficar no estado do Rio de Janeiro enquanto o recurso não for julgado. “Achei uma decisão desrespeitosa com a população do Rio, que sofreu barbaramente com os atentados provocados sob o comando desses marginais na véspera da minha posse. Nós os mandamos para o presídio de segurança máxima do Paraná. Sem mais nem menos, mandam de volta os três presos? É uma afronta à segurança e tranquilidade da população do Rio de Janeiro. Por isso reagimos”, disse o governador do Rio de Janeiro. Só no fim da noite, em uma operação sigilosa, o governo do estado informou que embarcou os três condenados a bordo de outro avião, que os levou de volta ao Paraná. Durante três horas, o Brasil assistiu à briga jurídica de dois estados que conseguiu deixar três bandidos perigosamente sem destino.
Até a manhã desta quarta-feira (29), os presos não tinham chegado ao Paraná. Nos aeroportos mais próximos ao presídio de Catanduvas, no Paraná, esse avião não teria descido. G1