REGIONAL: 19/10/2010 - Luís Gomes – O tradicional feijão de corda, alimento indispensável na mesa do trabalhador nordestinho, está ficando cada vez mais escasso e mais caro no comércio de Luís Gomes.Com o estoque resumido a pouca garrafas Peti -- substituto dos antigos silos de zinco e dos velhos caixões de madeira -- os agricultores mais precavidos já estão consumindo parte do feijão de corda que foi colhido no curto inverno do corrente ano.
Por outro lado, os menos preparados e os que já não podem mais trabalhar no roçado por conseqüência da idade, como é o caso dos aposentados, estão pagando o valor de R$ 5,00 por um quilo do feijão novo e cerca R$ 4,00 no quilo do feijão mais velho, também conhecido como “feijão do ano passado”. A escassez de alimentos que eram produzidos com abundância na serra de Luís Gomes não se ressume somente ao feijão.
A goma e farinha, produtos produzidos a partir do tubérculo da mandioca, caiu em mais de 90% a sua produção local e, para manter a cidade abastecida, comerciantes viajam até 300 quilômetros para comprar goma e farinha fabricadas na Serra de Santana/RN. A rapadura, produto artesanal feito a partir da cana-de-açúcar, -- uma marca registrada da serra de Luís Gomes -- também vem diminuindo sua produção a cada ano que passa.
Grandes produtores já não dão mais importância ao produto e estão abandonando as baixas de canas e as transformando em pastagem para o gado, alegando ser inviável a fabricação de rapadura. Apesar da inviabilidade nos preços, alguns produtores ainda mantêm a produção artesanal por pura paixão ao oficio de fazer a tradicional moagem na segunda metade do ano e assim prolongar a tradição familiar.
Por fim, vem a produção da castanha de caju, do doce de caju, além da safra da pinha, que também estão em queda livre por motivo da falta de cuidados com os cajueiros e com as pinheiras que antes povoavam toda a chapada da serra de Luís Gomes.
Por conseqüência de tudo isso, os antigos caixões de madeira, aqueles que eram usados para guardar a safra de farinha, milho, feijão e rapadura, os inúmeros caminhões carregados de pinha em direção ao Sul do País e as diversas toneladas de castanha de caju que deixavam a serra em direção ao Ceará, já não são mais vistos como antigamente. Já a imagem de silos abandonados ao relento é bastante comum nos arredores de Luís Gomes.
Por Alguiberto Morais
Por outro lado, os menos preparados e os que já não podem mais trabalhar no roçado por conseqüência da idade, como é o caso dos aposentados, estão pagando o valor de R$ 5,00 por um quilo do feijão novo e cerca R$ 4,00 no quilo do feijão mais velho, também conhecido como “feijão do ano passado”. A escassez de alimentos que eram produzidos com abundância na serra de Luís Gomes não se ressume somente ao feijão.
A goma e farinha, produtos produzidos a partir do tubérculo da mandioca, caiu em mais de 90% a sua produção local e, para manter a cidade abastecida, comerciantes viajam até 300 quilômetros para comprar goma e farinha fabricadas na Serra de Santana/RN. A rapadura, produto artesanal feito a partir da cana-de-açúcar, -- uma marca registrada da serra de Luís Gomes -- também vem diminuindo sua produção a cada ano que passa.
Grandes produtores já não dão mais importância ao produto e estão abandonando as baixas de canas e as transformando em pastagem para o gado, alegando ser inviável a fabricação de rapadura. Apesar da inviabilidade nos preços, alguns produtores ainda mantêm a produção artesanal por pura paixão ao oficio de fazer a tradicional moagem na segunda metade do ano e assim prolongar a tradição familiar.
Por fim, vem a produção da castanha de caju, do doce de caju, além da safra da pinha, que também estão em queda livre por motivo da falta de cuidados com os cajueiros e com as pinheiras que antes povoavam toda a chapada da serra de Luís Gomes.
Por conseqüência de tudo isso, os antigos caixões de madeira, aqueles que eram usados para guardar a safra de farinha, milho, feijão e rapadura, os inúmeros caminhões carregados de pinha em direção ao Sul do País e as diversas toneladas de castanha de caju que deixavam a serra em direção ao Ceará, já não são mais vistos como antigamente. Já a imagem de silos abandonados ao relento é bastante comum nos arredores de Luís Gomes.
Por Alguiberto Morais