Escola do município de Uiraúna é
destaque na Paraíba. CIDADES: 27/10/2010 - O adolescente Alisson Antonio da Silva, 14 anos, aluno da Escola Municipal José Patrício de Andrade, Distrito de Areias, Município de Uiraúna - PB, o qual localizado aproximadamente a 8 km da sede do Município, estudante do 9º ano, foi classificado na etapa regional, na segunda Olimpíada de Língua Portuguesa, Categorias Crônica, representando uma grande conquista para aquele Distrito e para o Município de Uiraúna. |
Agora ele
irá participar nos dias: 03 04 e 05 de novembro do corrente ano na cidade de
Curitiba-PR da oficina que vai reunir todos os 125 alunos e professores
semifinalistas da Categoria Crônica de todo país. O tema geral do concurso é
este: “Lugar onde Eu Vivo”
O responsável
pelas orientações dos alunos referentes à Olimpíada na Escola Municipal José
Patrício de Andrade, foi o Professor Carlos Alves Vieira (Carlinhos), que
trabalhou o Gênero Crônica com as turmas da referida escola acima
citada.
Os textos escritos foram
analisados pela Comissão Julgadora Escolar e Municipal; o Aluno Alisson Antonio
da Silva foi o vencedor com a Crônica intitulada: “Á espera de um Milagre”,
posteriormente sendo selecionado na etapa Estadual e apto a continuar
representando, brilhantemente, o Município de Uiraúna, já que ele teria sido
classificado anteriormente na etapa municipal.
A Olimpíada tem como tema principal: “Escrevendo o Futuro”,
e foi criado no sentido de incentivar tanto a leitura como a escrita e também
para ensinar a desenvolver cada vez mais temas de redação, o qual tem sido algo
que tem gerado grandes dificuldades para os alunos de hoje em dia.
A Diretora Maria José Martins de
Oliveira (Nega) disse na oportunidade que: “Esta conquista do aluno Alisson
Antonio da Silva da Escola Municipal José Patrício de Andrade vem coroar o
trabalho de qualidade que estamos promovendo na educação do Distrito de Areias e
consequentimente no Município de Uiraúna”. Enfatizou ela.
Veja
abaixo a integra da Crônica escrita pelo aluno Alisson Antonio da Silva.
Á espera de um milagre
Eu achava muito ruim quando não tinha água encanada aqui em Areias - Um povoado de mais ou menos cem famílias. Os homens colocavam água no galão e as mulheres colocavam o balde com água na cabeça e até as crianças com suas latas de neston. Foram tempos de sofrimentos que nós passamos. A seca bebia nossa água, comia nossos alimentos, castigava sem pena e sem dó tudo e todos.
Era comum nas cacimbas, as pessoas, principalmente as mulheres, aproveitarem o tempo de espera para fuxicar - falar da vida alheia – debaixo de uma única coisa verde, conhecida como a esperança do sertão: o juazeiro. Esse que em tempo de seca e inverno está sempre disposto a nos acolher com sua sombra escura e aconchegante quem quer que seja: viajantes, moradores...
Depois de tanto tempo à espera de um milagre – a água encanada – O que parecia um sonho, aconteceu: a chegada da água nas casas.
No dia da inauguração a alegria era uma só. O povo todo veio participar. E eu observada tudo, pois a festa foi bem em frente a minha casa. O sol ainda apreciava e agraciava a festa com seus raios dourados.
Teve também a presença do prefeito. Ele deu a palavra de ordem para que abrissem as torneiras. E a bica jorrou água de esperança e alento para aquele povoado.
E as crianças brincando naquele lamaçal feito pela água da bica. Eu que não sou de ferro, pareci ficar de barro quando também me misturei com a lama.
Chegou á noite, tudo já tinha acalmado. No outro dia quando olhei para lá restava apenas o chão seco e duro da água que tinha secado. Porém, acredito eu que toda comunidade continuava em festa dentro de suas casas, porque acabara o sofrimento e agora, é só alegria!
Á espera de um milagre
Eu achava muito ruim quando não tinha água encanada aqui em Areias - Um povoado de mais ou menos cem famílias. Os homens colocavam água no galão e as mulheres colocavam o balde com água na cabeça e até as crianças com suas latas de neston. Foram tempos de sofrimentos que nós passamos. A seca bebia nossa água, comia nossos alimentos, castigava sem pena e sem dó tudo e todos.
Era comum nas cacimbas, as pessoas, principalmente as mulheres, aproveitarem o tempo de espera para fuxicar - falar da vida alheia – debaixo de uma única coisa verde, conhecida como a esperança do sertão: o juazeiro. Esse que em tempo de seca e inverno está sempre disposto a nos acolher com sua sombra escura e aconchegante quem quer que seja: viajantes, moradores...
Depois de tanto tempo à espera de um milagre – a água encanada – O que parecia um sonho, aconteceu: a chegada da água nas casas.
No dia da inauguração a alegria era uma só. O povo todo veio participar. E eu observada tudo, pois a festa foi bem em frente a minha casa. O sol ainda apreciava e agraciava a festa com seus raios dourados.
Teve também a presença do prefeito. Ele deu a palavra de ordem para que abrissem as torneiras. E a bica jorrou água de esperança e alento para aquele povoado.
E as crianças brincando naquele lamaçal feito pela água da bica. Eu que não sou de ferro, pareci ficar de barro quando também me misturei com a lama.
Chegou á noite, tudo já tinha acalmado. No outro dia quando olhei para lá restava apenas o chão seco e duro da água que tinha secado. Porém, acredito eu que toda comunidade continuava em festa dentro de suas casas, porque acabara o sofrimento e agora, é só alegria!
Por Alisson Antonio da Silva