 |
Roberto Paulino não perdoa o tratamento que recebeu |
NOTÍCIAS: 06/10/2010 - Ex-governador culpa descaso de Maranhão pela derrota para a
Câmara Federal e se queixa de favorecimento do Palácio da Redenção à
candidatura de Benjamin Maranhão, sobrinho do governador. Paulino disse a
amigos que vai “lavar as mãos” neste segundo turno.
O resultado da eleição, no último domingo (03/10), na Paraíba, trouxe consequências muito mais graves dos que o próprio resultado adverso para o grupo político do governador José Maranhão (PMDB), candidato à reeleição pela coligação “Paraíba Unida”. Alguns candidatos derrotados na disputa proporcional começam a “lavar a roupa suja” da campanha, com críticas, queixas e até mesmo ameaças de “debandada” para o lado adversário.
O resultado da eleição, no último domingo (03/10), na Paraíba, trouxe consequências muito mais graves dos que o próprio resultado adverso para o grupo político do governador José Maranhão (PMDB), candidato à reeleição pela coligação “Paraíba Unida”. Alguns candidatos derrotados na disputa proporcional começam a “lavar a roupa suja” da campanha, com críticas, queixas e até mesmo ameaças de “debandada” para o lado adversário.
É o caso de ex-governador Roberto Paulino (PMDB), que resolveu “lavar a
roupa suja” da campanha, revelando-se indignado com o desprezo com que
foi tratado pelo Chefe do Executivo durante todo o primeiro turno.
Amigo
pessoal e um dos mais fiéis escudeiros de Maranhão, Paulino não esconde
de ninguém que não só ele, mas a maioria dos candidatos à Câmara
Federal foi desprezada pela prioridade que foi dada pelo Palácio da
Redenção à eleição de Benjamin Maranhão, sobrinho do governador.
Ele teria confidenciado a amigos próximos que vai “lavar as mãos” neste
segundo turno, uma vez que lhe faltaram as condições materiais,
logísticas e, principalmente financeiras para se eleger para a Câmara
Federal. “Maranhão que se vire”, teria dito Paulino para um grupo de
lideranças políticas que lhe acompanha na região de Guarabira.
SANTIAGO “TRAÍRA”
Para reiterar ainda mais a sua insatisfação como comando da campanha
“maranhista” e com o próprio governador, Paulino disse, em entrevista a
Rádio Cultura de Guarabira que o fato de ter obtido apenas 41.053 votos,
ficando na quarta suplência - bem abaixo do que poderia, se tivesse
tido o apoio necessário do governo – lhe aborrece muito menos do que o
tratamento que recebeu de Maranhão.
O candidato derrotado aproveitou a oportunidade para “detonar” o
senador-eleito (sub judice, porque ainda depende do julgamento do
recurso de Cássio Cunha Lima, PSDB, no STF) Wilson Santiago (PMDB), a
quem acusa de financiar adversários no primeiro turno.
- Espero que Wilson Santiago não dê dinheiro a adversários. Espero que
ele vá para a terra dele e faça com que Maranhão desta vez ganhe –
disparou.
Além de Roberto, o filho, Raniery Paulino (PMDB), que conseguiu ser
reeleito para o mandato de estadual, também apontou falhas na campanha
da Coligação Paraíba Unida no primeiro turno:
- A estratégia de campanha tem que ser reavaliada.
Talvez com uma
coordenação formada por políticos dê um novo fôlego porque quem deve
jogar bola é jogador. Quem deve fazer cirurgia é médico e quem tem que
fazer política é político. Não estou fazendo críticas a nenhum
coordenador, mas quem está mais ligado a uma esfera, deve se dedicar a
esta esfera. Tem políticos por aí que poderiam ter contribuído mais e
devem ser convidados – comentou.
