POLÍTICA: 21/10/2010 - Depois
de excluir a imagem de Lula e de Dilma Roussef do Guia Eleitoral, a
campanha do governador José Maranhão (PMDB) começa a circular colada ao
presidenciável tucano José Serra (PSDB). Nas ruas da capital paraibana,
já é possível encontrar carros com adesivos do governador José Maranhão,
cujo partido é base do PT Nacional, e do ex-governador Serra, conforme
revela foto acima.
A
“tucanização” da campanha de Maranhão tem várias razões. A primeira
delas é inspirada na insatisfação de setores do PMDB paraibano que
rejeitam a decisão do PT Nacional em evitar o mergulho na disputa pelo
governo da Paraíba em virtude da participação de “dois candidatos
aliados” a Dilma.
Essa
insatisfação fez a campanha de Maranhão afastar-se um pouco mais do
projeto Dilma no Estado. E permitiu a realização de um acordo velado
realizado entre o presidente do PSDB da Paraíba, senador Cícero Lucena, e
a cúpula do PMDB da Paraíba. Pelo acordo, o PMDB reduziria a campanha
de Dilma no Estado e Cícero colocaria a estrutura de Serra em favor de
Maranhão.
Há
informações de que recursos da campanha de Serra estariam sendo
direcionados para campanha de Maranhão. Além da ausência no Guia, a
cúpula da campanha do governador deu outro sinal desse distanciamento.
O
atual presidente do PT da Paraíba e candidato a vice-governador na
chapa de Maranhão, deputado Rodrigo Soares, não compareceu à
inauguração do Comitê Pro Dilma em João Pessoa esta semana. E abandonou a
articulação com os deputados eleitos do PT para unificar e intensificar
a campanha da ex-ministra na Paraíba.
Enquanto
isso, Serra cresce dez pontos percentuais na Paraíba em relação ao
primeiro turno. Lideranças do PT já estão repassando informações sobre a
situação da Paraíba à Direção Nacional do partido.
O
presidente Lula estará dia 27 em Recife e, pelo jeito, não vai ficar
nada satisfeito quando souber o que anda acontecendo na Paraíba, que
apresentou o terceiro pior desempenho eleitoral de Dilma no primeiro
turno.
Já o PMDB se arrisca ao abandonar uma das principais âncoras da campanha do primeiro turno: a vinculação ao projeto Lula/Dilma.
Luís Tôrres