quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Acordo branco com Cícero cola campanha de Serra a Maranhão e afasta ainda mais o PMDB do projeto Dilma na Paraíba



POLÍTICA: 21/10/2010 - Depois de excluir a imagem de Lula e de Dilma Roussef do Guia Eleitoral, a campanha do governador José Maranhão (PMDB) começa a circular colada ao presidenciável tucano José Serra (PSDB). Nas ruas da capital paraibana, já é possível encontrar carros com adesivos do governador José Maranhão, cujo partido é base do PT Nacional, e do ex-governador Serra, conforme revela foto acima.
A “tucanização” da campanha de Maranhão tem várias razões. A primeira delas é inspirada na insatisfação de setores do PMDB paraibano que rejeitam a decisão do PT Nacional em evitar o mergulho na disputa pelo governo da Paraíba em virtude da participação  de “dois candidatos aliados” a Dilma.
Essa insatisfação fez a campanha de Maranhão afastar-se um pouco mais do projeto Dilma no Estado. E permitiu a realização de um acordo velado realizado entre o presidente do PSDB da Paraíba, senador Cícero Lucena, e a cúpula do PMDB da Paraíba. Pelo acordo, o PMDB reduziria a campanha de Dilma no Estado e Cícero colocaria a estrutura de Serra em favor de Maranhão.
Há informações de que recursos da campanha de Serra estariam sendo direcionados para campanha de Maranhão. Além da ausência no Guia, a cúpula da campanha do governador deu outro sinal desse distanciamento.
O atual presidente do PT da Paraíba e candidato a vice-governador na chapa de Maranhão, deputado Rodrigo Soares,  não compareceu à inauguração do Comitê Pro Dilma em João Pessoa esta semana. E abandonou a articulação com os deputados eleitos do PT para unificar e intensificar a campanha da ex-ministra na Paraíba.
Enquanto isso, Serra cresce dez pontos percentuais na Paraíba em relação ao primeiro turno. Lideranças do PT já estão repassando informações sobre a situação da Paraíba à Direção Nacional do partido.
O presidente Lula estará dia 27 em Recife e, pelo jeito, não vai ficar nada satisfeito quando souber o que anda acontecendo na Paraíba, que apresentou o terceiro pior desempenho eleitoral de Dilma no primeiro turno.
Já o PMDB se arrisca ao abandonar uma das principais âncoras da campanha do primeiro turno: a vinculação ao projeto Lula/Dilma.
Luís Tôrres