quinta-feira, 11 de setembro de 2008
DESCASO: Recém-nascida morre à míngua no hospital, em Cajazeiras, PB
POLICIAL: 11/09/2008 - O fato chocou a Paraíba, especialmente a população de Cajazeiras, no dia de ontem, quarta-feira, 10. Um bebê com menos de 24 horas de nascido morreu à míngua na Maternidade Deodato Cartaxo, por falta de uma UTI neo-natal ou de uma ambulância para transportá-la para outro hospital.
O episódio reflete o grau de descaso do poder público, na Paraíba, com o setor de Saúde. "Onde está o governador do Estado, que não vê isso?! Onde está o prefeito de Cajazeiras, que também não vê isso?!" - gritava, aos prantos, a tia da recém-nascida no hall do hospital, enquanto os pais da criança, Francimária Jaqueline e Emerson Gomes, choravam inconsolados com o caixão da criança no colo.
A avô da menina, Luciene Pereira, desabafou que se a sua neta fosse filha de gente importante, de um governador, de um prefeito, isso não teria acontecido. Uma tia da menina que nasceu prematuramente – sete meses – contou que a maternidade, às 10 horas havia dito que a ambulância que transportaria a criança, estaria abastecendo, mas nunca chegou de fato.
Os familiares também denunciaram que as enfermeiras da Maternidade Deodato Cartaxo, cobraram R$ 300 reais, para dar assistência à criança que, já àquela altura, vivia a angústia da morte. Um vereador de Cajazeiras, que estava no hospital, se escondeu tão logo chegou ao local, a equipe de reportagem da TV Correio, segundo denunciaram parentes da vítima.
A Diretora da maternidade, em entrevista à TV Correiom disse apenas que antes mesmo da menina nascer os médicos já haviam alertado de que ela precisaria de uma UTI Neo-Natal.
Várias pessoas que se encontravam no local, não conseguiam esconder a indignação com o fato e estavam notoriamente chocadas com a situação desesperadora de toda a família da menina. A mãe da menina não conseguiu dar entrevista à reportagem pelo seu estado de choque e inconformação com o tratamento dispensado pelo setor de saúde de Cajazeiras, que terminou com a morte da filha. Wellington Farias