Aconteceu na manhã desta
quarta-feira (15) uma assembleia extraordinária do Sinfemp – Sindicato dos
Funcionários Municipais de Patos e Região para discussão da pauta de
reivindicações construída para a campanha salarial 2015. Hoje os funcionários
aprovaram greve geral a partir da próxima quarta-feira 22. Apenas os da
educação, magistério, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas,
orientadores educacionais, ficam de fora da mobilização por já ter tido
reajuste de 13,01%
As negociações com o
Executivo não tiveram avanços, a exemplo da revisão salarial, isonomia
salarial, insalubridade e pagamento do PMAQ, o que culminou que a decisão dos
servidores, que manterão o canal de diálogo com a administração municipal
aguardando contraproposta da prefeita Francisca Motta.
O Sindicato dos Agentes
Comunitários de Saúde e de Endemias também aderiu à paralisação. Segundo seu
presidente, João Bosco Valadares, não faria sentido as categorias da saúde
pararem e os agentes continuarem suas atividades, já uma atividade depende da
outra.
Os funcionários também não
acataram a proposta apresentada ontem pelo secretário de saúde, Anderson
Sóstenes, de pagar o repasse do PMAQ – Programa de Melhoria do Acesso e da
Qualidade na Atenção Básica, em datas diferentes, uma para os servidores da
saúde de nível superior no dia 10 de maio e de nível básico, médio no próximo
dia 20, segunda. “Os servidores, democraticamente, entenderam e decidiram que
todos os níveis devem receber juntos, no dia 20, próxima semana. Entregaremos
essa proposta para a prefeita e caso ela não acate levaremos a questão para o
Ministério Público para que haja o alinhamento”, comentou Carminha Soares,
presidente do Sinfemp, que acrescenta que há mais de R$ 1 milhão do PMAQ em
conta.
Após a assembleia,
servidores municipais saíram em passeata em direção à prefeitura, parando antes
em frente ao Banco do Brasil, onde juntos, Sinfemp e outros sindicatos, a
exemplo dos Bancários, Comércio, dos professores da UFCG, IFPB, União dos
Estudantes Secundaristas, fizeram também coro à mobilização nacional contra o
PL 4330, que na visão dessas categorias, esse projeto de lei representa um
verdadeiro atentado contra os direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo
de muitos anos, de muitas lutas.
O vice-presidente do
Sinfemp, José Gonçalves, considerou a manifestação bastante positiva, onde os
servidores decidiram pela greve por tempo indeterminado, por não terem tido
suas reivindicações atendidas pela prefeita Francisca Motta. Também elogiou a
adesão de tantos segmentos representativos das classes trabalhadoras e
estudantis, que foram às ruas, juntas com o Finfemp, para dizer não à
precarização do trabalho. O nome de todos os dez deputados federais paraibanos
que votaram a favor do PL 4.330 foram lidos no ato público dos trabalhadores.
Apenas Damião Feliciano e Luiz Couto merecem nossos aplausos. “Vamos enviar um
manifesto a todos os representantes do povo paraibano na Câmara Federal que
votaram contra os trabalhadores para ver se mudam sua postura diante o PL
4.330, de autoria de Sandro Mabel, de Goiás”, comentou Gonçalves.
Assessoria