A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) dará sequência, na terça-feira
(24) à série de audiências públicas para discutir a crise na economia
brasileira. Segundo o vice-presidente da CAE, senador Raimundo Lira (PMDB-PB),
o segundo convidado será o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que
debaterá as diretrizes, implementação e perspectivas da política monetária
nacional. A audiência será às 10h, na sala 19 da Ala Alexandre Costa, no Anexo
II do Senado.
De acordo com a Agência Senado de Notícias, o Banco Central atribui
a alta dos preços a dois processos. O primeiro é o realinhamento dos preços
domésticos em relação aos internacionais, em particular devido ao
fortalecimento do dólar norte-americano contra várias moedas. Nesse caso, seria
um fenômeno global. O segundo processo, na avaliação do Banco Central, é o
realinhamento dos preços administrados em relação aos livres.
Esses ajustes de preços, no entendimento do BC, fazem com que
o pico da inflação ocorra no primeiro trimestre de 2015. O desafio, como
assinalou o Comitê de Política Monetária (Copom), é evitar que as pressões
detectadas em horizontes mais curtos “não se propaguem para horizontes mais
longos”.
De acordo com o Copom, esse realinhamento de preços tornou “o
balanço de riscos para a inflação menos favorável este ano”. Para o conselho,
os ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a
permanecer elevada em 2015.
O Copom avalia que tem se fortalecido para o próximo ano o
cenário de convergência da inflação para o centro da meta (4,5%). “Para o
comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de
sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazos –
ainda não se mostram suficientes”, afirma a ata.
A tendência de alta da inflação já havia sido prevista por
Tombini na última audiência na CAE, em 16 de dezembro do ano passado. Na
ocasião, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos
12 meses anteriores era de 6,56%. O próximo convidado, em data ainda não
definida, será o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Para desempenhar a função de uma comissão da importância da
CAE, Lira disse que é preciso ouvir as pessoas, dar oportunidade a todos os
parlamentares e às bancadas, com tranquilidade diante das divergências de
interesses. Por isso as audiências são de suma importância, na avaliação do
senador paraibano.
Gabinete Senador Raimundo Lira – PMDB/PB
Assessoria
de imprensa