quinta-feira, 5 de março de 2015

“Da terra de onde eu venho, homem não me grita”, disse o deputado federal paraibano Hugo Motta (PMDB)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou, nesta quinta-feira (05), que criaria quatro sub-relatorias para dividir os trabalhos, hoje, concentrados nas mãos do relator Luiz Sérgio (PT-RJ), e anunciou que indicaria de ofício o nome dos sub-relatores, sem consultar o plenário.

A decisão do paraibano contrariou deputados do PT e PSOL, que tentaram, aos berros, protestar contra o presidente indicar os sub-relatores sem ouvir o resto do plenário e sem dar espaço para o relator, Luiz Sérgio, de explicar seu plano de trabalho antes do anúncio. Motta seguiu lendo o nome das sub-relatorias sem dar ouvidos às manifestações.

A postura levou Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) a levantar e, aos gritos, chamar o presidente, que tem 25 anos, de “moleque”.
Hugo Motta revidou, disse que não aceitaria desaforo e que não seria “fantoche de ninguém”.

Quero aqui deixar bem claro, não admitirei desrespeito de vossas excelências. Quem manda aqui é o presidente, respeitando o regime. Eu não aceito desrespeito. Vossa excelência me respeite. Cabelo branco não é sinônimo de respeito.  Um deputado aqui se levantou e me desrespeitou. Eu quero dizer a vossa excelência que eu não tenho medo de grito. Da terra de onde eu venho, homem não grita comigo. Vossa excelência me respeite”, rebateu.

O presidente vai criar quatro sub-relatorias para investigação superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; a constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; de superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e de irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.


Da redação
Com MaisPB