Segundo Aristóteles Moura Tavares, corregedor geral das Forças de Segurança Pública da Paraíba, a prisão dos policiais – que são concursados – ocorreu dentro da delegacia da cidade quando a vítima foi prestar queixa e reconheceu os agentes.
Três agentes de
investigação da Polícia Civil da Paraíba, lotados na Delegacia Seccional de
Catolé do Rocha, a 433 km de João Pessoa, foram presos suspeitos de extorsão, na
última terça-feira (17). A vítima é um empresário do ramo da construção civil e
preso do regime semiaberto. Os policiais exigiam a quantia de R$ 150 mil,
conforme consta no inquérito policial. O delegado Seccional da cidade, Gilson
Teles, foi exonerado do cargo, por determinação do secretário de Segurança
Pública do estado, Claudio Lima, até que seja concluído o processo de investigação.
Segundo Aristóteles Moura
Tavares, corregedor geral das Forças de Segurança Pública da Paraíba, a prisão
dos policiais – que são concursados – ocorreu dentro da delegacia da cidade
quando a vítima foi prestar queixa e reconheceu os agentes.
“A vítima chegou à
delegacia acompanhada de policiais militares e relatou detalhes de como
ocorreria à extorsão. Quando o empresário - que também cumpre pena no regime
semiaberto - prestava depoimento, reconheceu de imediato os três agentes, que
estavam no local. O delegado Gilson Teles não quis fazer o flagrante, mas outro
delegado que estava na hora ouviu o empresário e deu voz de prisão aos três
agentes”, falou o corregedor.
Ainda segundo Tavares, o
delegado comunicou o caso à Corregedoria de Segurança Pública da Paraíba e uma
sindicância foi aberta. “Determinei a ida de uma equipe da Corregedoria até
Catolé do Rocha que foi acompanhada do delegado Allan Murilo Terruel, do Grupo
de Operações Especiais (GOE). Foi feito o flagrante e os policiais foram
transferidos para a Central de Polícia Civil de Campina Grande, nesta quarta
(18)”, revelou.
O corregedor adiantou que
já determinou o afastamento dos policiais civis do cargo. “Vamos interrogá-los
outras vezes e o delegado Gilson Teles também será ouvido para saber o porquê
dele não ter efetuado à prisão dos policiais em flagrante. Entretanto, já
solicitei o afastamento deles do cargo. Não vamos aceitar esse tipo de conduta
na polícia da Paraíba”, questionou Aristóteles Moura.
Correio da Paraíba