Preocupados, agricultores da região sertaneja dos estados do
Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte estão vivenciando um momento de pânico com
a empresa ABENGOA BRASIL, que está ultimando os procedimentos de desapropriação
de áreas rurais nas cidades de: Milagres/CE, Barro/CE, Catolé do Rocha/PB,
Cachoeira dos Índios/PB, São José de Piranhas/PB, Cajazeiras/PB, São João do
Rio do Peixe/PB, Sousa/PB, Lastro/PB, Santa Cruz/PB, Bom Sucesso/PB, Brejo dos
Santos/PB, Alexandria/RN, João Dias/RN, Patu/RN, Messias Targino/RN, Janduís/RN, Campo Grande/RN, Paraú/RN e Assú/RN, compreendendo (20) municípios nesses três estados – percorrendo 337 quilômetros.
Com um projeto, a empresa pretende construir a Subestação
Milagres II à subestação Assú III, gerando cerca de 1.100 empregos direitos e
indiretos. A ABENGOA BRASIL tem como objetivo transmitir e ampliar a oferta de
energia gerada pelas usinas eólicas instaladas no Nordeste brasileiro,
integrando ao Sistema Integrado Nacional (SIN), favorecendo, desta forma, maior
comodidade e sustentabilidade à transmissão de energia na região nordestina.
Não contentes, agricultores, sitiantes e pequenos produtores rurais
da região – propuseram uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de
Cajazeiras, que aconteceu nesta manhã desta terça-feira (31), com a finalidade
de dirimir dúvidas, na presença de representantes da ABENGOA BRASIL, porém,
nenhum responsável pela referida empresa compareceu, ou respondeu a convocação
do Poder Legislativo cajazeirense.
Produtores que usaram da palavra, informaram que a empresa
está avaliando as propriedades num valor muitíssimo baixo – “propriedade que
pertence a minha família há mais de cem anos, com casas, pastos e muitas
benfeitorias eles estão avaliando em pouco mais de R$40 mil reais”, esclareceu
um agricultor presente. As divergências, irão prosseguir, pois, devido a
ausência de responsáveis da ABENGOA, para prestar os devidos esclarecimentos, o
homem sertanejo do campo será obrigado a vender parte de suas terras por
valores irrisórios.
Da redação