terça-feira, 31 de março de 2015

Empresa ABENGOA BRASIL vai desapropriar pequenos agricultores da região para instalar torres de eletricidade

Preocupados, agricultores da região sertaneja dos estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte estão vivenciando um momento de pânico com a empresa ABENGOA BRASIL, que está ultimando os procedimentos de desapropriação de áreas rurais nas cidades de: Milagres/CE, Barro/CE, Catolé do Rocha/PB, Cachoeira dos Índios/PB, São José de Piranhas/PB, Cajazeiras/PB, São João do Rio do Peixe/PB, Sousa/PB, Lastro/PB, Santa Cruz/PB, Bom Sucesso/PB, Brejo dos Santos/PB, Alexandria/RN, João Dias/RN, Patu/RN, Messias Targino/RN, Janduís/RN, Campo Grande/RN, Paraú/RN e Assú/RN, compreendendo (20) municípios nesses três estados – percorrendo 337 quilômetros.
Com um projeto, a empresa pretende construir a Subestação Milagres II à subestação Assú III, gerando cerca de 1.100 empregos direitos e indiretos. A ABENGOA BRASIL tem como objetivo transmitir e ampliar a oferta de energia gerada pelas usinas eólicas instaladas no Nordeste brasileiro, integrando ao Sistema Integrado Nacional (SIN), favorecendo, desta forma, maior comodidade e sustentabilidade à transmissão de energia na região nordestina.

Não contentes, agricultores, sitiantes e pequenos produtores rurais da região – propuseram uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Cajazeiras, que aconteceu nesta manhã desta terça-feira (31), com a finalidade de dirimir dúvidas, na presença de representantes da ABENGOA BRASIL, porém, nenhum responsável pela referida empresa compareceu, ou respondeu a convocação do Poder Legislativo cajazeirense.

Produtores que usaram da palavra, informaram que a empresa está avaliando as propriedades num valor muitíssimo baixo – “propriedade que pertence a minha família há mais de cem anos, com casas, pastos e muitas benfeitorias eles estão avaliando em pouco mais de R$40 mil reais”, esclareceu um agricultor presente. As divergências, irão prosseguir, pois, devido a ausência de responsáveis da ABENGOA, para prestar os devidos esclarecimentos, o homem sertanejo do campo será obrigado a vender parte de suas terras por valores irrisórios.


Da redação