Durante reunião na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio da
Redenção, o governador Ricardo Coutinho se reuniu com representantes de
32 entidades comunitárias da Zona Sul e de Mangabeira, que declararam
apoio ao projeto de permuta do terreno do Estado onde se encontra a
Acadepol e a construção de um shopping na área.
Os líderes comunitários decidiram consensualmente que vão lutar pela
aprovação do Projeto de Lei, que irá garantir um investimento de cerca
de R$ 10 milhões na área da segurança e a construção de um shopping em
Mangabeira, que vai gerar 2,5 mil empregos diretos. Os participantes
resolveram realizar um Fórum Popular pelo Desenvolvimento de Mangabeira,
com plenárias nos bairros e a solicitação de uma audiência pública para
envolver toda a sociedade na discussão do Projeto de Lei.
O presidente da Federação Paraibana das Associações Comerciais, Edson
Cruz, disse que as lideranças comunitárias não podem deixar de apoiar
um projeto que vai garantir a construção de um shopping e a geração de
emprego para a população. Ele destacou também que a permuta
possibilitará que o Estado construa uma Acadepol moderna e uma central
de polícia de forma a oferecer mais condições para o trabalho das
policias e segurança a população.
O presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de João Pessoa,
Flávio Rogério, disse que a permuta do terreno também ocasionará uma
valorização dos imóveis na área de Mangabeira, assim como aconteceu em
Manaíra após a instalação do shopping. Ele questionou a tese levantada
de uma licitação para a permuta do terreno que, segundo ele, irá atrasar
ou até inviabilizar a construção do empreendimento.
“A questão do emprego é urgente. Não dá para deixar passar uma
oportunidade como essa que irá gerar 2,5 mil empregos diretos e
estimular a abertura de novos negócios e oportunidades na área. É
lamentável que alguns representantes do povo politizem uma questão tão
importante. Com certeza não estão pensando no povo”, explicou.
Severino Candido, presidente da Associação dos Moradores do Cidade
Verde I, também apoiou a iniciativa do Governo do Estado de buscar um
investimento importante para o bairro de Mangabeira e toda a cidade e
envolver de forma pioneira as lideranças comunitárias na discussão.
“Quem não está interessado no projeto é quem não vai ganhar nenhum
dinheiro com isso. Os moradores de Mangabeira não podem deixar de lutar e
se organizarem para receber esse equipamento, que vai valorizar em
vários aspectos o nosso bairro que vai ser beneficiado com uma
valorização imobiliária e com a criação de empregos para a juventude”,
destacou.
O presidente da Associação do Conjunto dos Ambulantes, José Ademir da
Costa, disse que é a primeira vez que o Governo do Estado se reúne com
tantas associações comunitárias para discutir desenvolvimento do bairro
da Zona Sul. Ele acrescentou que o Estado só tem a ganhar com a permuta
dos terrenos. Ganha com a geração de emprego para o jovem que muitas
vezes só encontra o caminho da droga, com recursos para construção da
Acadepol e a Central de Polícia e com a valorização imobiliária.
Ricardo Coutinho comemorou o apoio de 32 lideranças comunitárias para
o processo de permuta de terrenos que irá garantir a construção de uma
nova central de polícia e Acadepol na entrada do Geisel e fazer surgir
um investimento de R$ 200 milhões na construção de um shopping que vai
gerar 2,5 mil empregos diretos, potencializar o comércio e gerar uma
valorização imobiliária de Mangabeira. “Esse é um apoio natural, pois
quando vejo algumas pessoas contra sei que não estão pensando na
população”.
Na visão do governador, o processo de permuta também traz um dinheiro
novo para a segurança em que ganha o Estado, o povo e os empresários
que estão investindo na Paraíba. “Estou muito feliz que as lideranças
comunitárias e o povo apóiam um empreendimento desse tipo porque trará
melhorias para o bairro mais populoso da cidade. Quem me conhece sabe
que nunca negociei em nome do Estado para que este saísse perdendo”,
ressaltou.
O governador defendeu a votação do projeto pela Assembleia
Legislativa e que cada deputado diga se é a favor ou contra e se são
contrários o porquê e os interesses que estão por trás. Ele lembrou que
no projeto consta que qualquer que for a avaliação real do terreno o
Estado tem que receber no mínimo duas vezes mais que a diferença. “Não
tem como o Estado sair em desvantagem”, completou.
Além dos representantes de 32 associações e entidades comunitárias de
Mangabeira e do governador Ricardo Coutinho, participaram da reunião o
secretário executivo de Governo, Lúcio Flávio, a secretária executiva do
Orçamento Democrático, Ana Paula e o deputado estadual João Gonçalves,
que também é favorável ao projeto de permuta do terreno que tramita no
legislativo estadual.
Secom