Em
um pronunciamento duro na Câmara dos Deputados, na quinta-feira, 6, Luiz
Couto (PT-PB) disse que o Brasil vive um cenário surreal durante o governo de
Michel Temer (PMDB). "Não devemos deixar passar por normal que sujeitos com
uma ficha mais suja que pau de galinheiro, metidos na Lava Jato, com uma lista
de denúncias em seus estados, deem aulas de ética e administração
pública", comentou o parlamentar paraibano.
Ele
registrou que esta semana a Polícia Federal pediu a inclusão de Michel Temer
como investigado no inquérito que apura se políticos ligados ao PMDB da Câmara
se uniram e estruturam um esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.
Outra solicitação da PF foi para incluir os ministros Eliseu Padilha e Moreira
Franco, dois dos principais assessores de Temer. Além disso, a Procuradoria
Geral da República suspeita de que houve organização criminosa e comando
político com objetivo de obter recursos de propina e caixa dois. O pedido da PF
foi enviado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, à
Procuradoria Geral da República, que deverá dar um parecer sobre o caso.
"Diante
de tudo isso, há um desespero da base do Governo de desqualificar as denúncias
e enganar a Nação brasileira", ponderou Couto.
Em
sua explanação, Couto acrescentou que por causa do golpe de 2016, o desemprego
cresceu quase 3 milhões durante o Governo Temer. Os juros reais cresceram,
assim como a inadimplência.
"Eu
também queria entender como um Ministro do STF fez duas visitas quase secretas
ao Presidente da Republica. São tempos estranhos. Há quem diga que vivemos uma
capitania hereditária pós-moderna. Quem defende este governo e sua corrupção
precisa entender que o povo não é bobo e está assistindo de pé a queda de todos
os corruptos. Que a justiça seja feita nesse país e que Deus tenha misericórdia
de nós", finalizou Couto.
Assessoria